Google cria ferramenta que ajuda eliminar bugs de código aberto

Empresa desenvolveu um front-end do banco de dados OSV (vulnerabilidade de código aberto), projetado para coletar dados de bugs de todos os diferentes ecossistemas de código aberto em um só lugar
Da Redação
14/12/2022

O Google lançou uma ferramenta gratuita que se propõe a melhorar a segurança do código compilado a partir de dependências de código aberto — uma fonte crescente de risco para as organizações. Trata-se do OSV-Scanner, um front-end do banco de dados OSV (vulnerabilidade de código aberto) do Google, projetado para coletar dados de bugs de todos os diferentes ecossistemas de código aberto em um só lugar.

A nova ferramenta permite que os desenvolvedores verifiquem suas dependências e códigos em busca de bugs listados no banco de dados e recebam feedback instantâneo sobre a necessidade de patches ou atualizações, explicou Rex Pan, engenheiro de software do Google.

A ferramenta começa encontrando todas as dependências transitivas de um projeto, analisando manifestos, listas de materiais de software (SBOMs), documentos e hashes de confirmação.

Um relatório divulgado esta semana afirma que as dependências transitivas ou indiretas representam cerca de 95% de todas as vulnerabilidades de código aberto. No entanto, muitas vezes elas são perdidas devido à complexidade das relações entre os componentes e à falta de visibilidade desses ecossistemas.

Pan enumera várias vantagens que a ferramenta do Google tem sobre bancos de dados e scanners de código fechado. Em primeiro lugar é que cada comunicado vem de uma “fonte aberta e autorizada” — por exemplo, o RustSec Advisory Database. Em seguida, ele cita o banco de dados OSV.dev, que é o maior de seu tipo, suportando 16 ecossistemas de código aberto e atendendo a mais de 38 mil recomendações. Outro aspecto é que qualquer pessoa pode sugerir melhorias aos alertas, aperfeiçoando a qualidade da base de dados.

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O engenheiro de software do Google cita ainda que o formato OSV armazena informações sobre as versões afetadas em um formato legível por máquina, que mapeia para a lista de pacotes de um desenvolvedor. Por fim, ele observa que os desenvolvedores recebem menos notificações de vulnerabilidade mais acionáveis, reduzindo o tempo necessário para resolvê-las, devido a esses recursos. O próximo passo, segundo Pan, será convencer a comunidade de desenvolvedores a fazer uso da ferramenta.

Um relatório da Sonatype de outubro revelou que 68% das organizações se sentiram confiantes de que seus aplicativos não estão usando bibliotecas vulneráveis. No entanto, uma amostra aleatória de aplicativos corporativos mostrou que 68% continham vulnerabilidades conhecidas.

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