Crédito: John Schnobrich/ Unsplash

Brasil lidera em ataques ao setor bancário e malwares

O Brasil é o país mais visado em dois rankings de risco neste primeiro semestre segundo o monitoramento da Trend MIcro
Da Redação
28/09/2022

O Brasil é o país mais visado em dois rankings de risco neste primeiro semestre segundo o monitoramento da Trend MIcro: em malwares detectados, o país ocupa a quarta posição, com 97,327 milhões de bloqueios; em ataques ao setor bancário, o Brasil está na quinta colocação, com pouco mais de 5 mil tentativas de golpes.

Os dados estão no relatório “Defending the Expanding Attack Surface”, apontando  no primeiro semestre de 2022 para um crescimento de mais de 57% nas ofensivas digitais contra empresas, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, o monitoramento indica que a empresa bloqueou 63 bilhões de ataques no período, contra 40 bilhões da primeira metade de 2021.

País Malwares%País Ataques bancários%
Japão              677.165.62526,9%Japão                          37.46528,5%
Estados Unidos              449.172.99317,9%Estados Unidos                          10.4508,0%
Índia              116.522.0104,6%Índia                            9.3137,1%
Brasil                97.327.4333,9%Turquia                            7.6735,8%
Reino Unido                86.822.9343,5%Brasil                            5.1843,9%

O relatório aponta o crescimento de ciberataques em todos os tipos de campanha: de phishing por e-mail, arquivos e URLs maliciosas, que redirecionam para páginas que disseminam conteúdo infectado, sendo verificado tanto via desktop como por aplicativos de celular. Os segmentos mais atacados foram o governamental, a indústria e o healthcare, que permanece na mira dos criminosos mesmo após dois anos e meio de pandemia do coronavírus. “A falta de atualizações em servidores e plataformas on-line continua sendo uma brecha explorada pelos hackers que conseguem executar os códigos remotamente, sequestrando e criptografando os dados com o objetivo de obter vantagem financeira”, destaca Fernando Mercês, pesquisador de Ameaças da Trend Micro.

Desde 2020, o número de arquivos maliciosos bloqueados tem apresentado curva ascendente, saltando de pouco mais de 1 bilhão de bloqueios, no primeiro semestre daquele ano, para mais de 22 bilhões em meados de 2022. Acredita-se que a adoção do trabalho híbrido tenha contribuído para esse aumento vertiginoso.

Os dados de telemetria da Trend Micro revelam a atividade de 50 grupos de RaaS (Ransomware-as-a-Service) alvejando mais de 1.200 organizações no primeiro semestre de 2022. Ao todo, foram detectados mais de 8 milhões de ataques ransomware, o que representa aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram bloqueadas 7,3 milhões de ameaças de ransomware.

Os pesquisadores destacam a significativa queda na atuação de novas famílias de ransomware, neste primeiro semestre, caindo de 49 para apenas 10, quando comparado com a primeira metade do ano passado. Os cinco países mais atingidos por ransomware foram: Estados Unidos (19,69%), Japão (10,18%), Turquia (7,97%), Índia (5,11%) e Taiwan (4,29%). O Brasil concentra 7,3% dos casos de ransomware das Américas e 2% dos registros globais.

Analisando a atividade das principais famílias de malware, o Emotet teve grande destaque, com aumento de 10 vezes em comparação com o primeiro semestre de 2021 – pulou de 13,8 mil para 148,7 mil detecções – prova de que está sendo oferecido como parte de um esquema de Malware-as-a-Service (MaaS). A maioria das detecções ocorreu no Japão, seguido por EUA, Índia, Itália e Brasil. Embora isso não indique, necessariamente, que o Japão é onde o Emotet está mais ativo (devido à natureza dos sensores de segurança), mostra que o malware tem altos níveis de atividade no país oriental.

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