45% das empresas não têm estratégia para IA

Da Redação
03/11/2024

Um total de 45% das empresas não possuem uma estratégia formal para IA, segundo o Cybersecurity Workforce Study, pesquisa publicada pela ISC². O documento mostra que, em 2024, as organizações enfrentaram um aumento significativo de riscos e desafios. Pressões econômicas e incertezas geopolíticas geraram cortes de orçamento e pessoal em vários setores, enquanto ameaças cibernéticas continuam a crescer. Esses desafios se somam à rápida evolução da tecnologia, especialmente com a Inteligência Artificial (IA), que traz tanto benefícios quanto novos riscos regulatórios e de segurança. No contexto da cibersegurança, profissionais estão com recursos limitados, dificultando a adoção de novas tecnologias e a proteção contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

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O estudo anual da ISC2 sobre a força de trabalho em cibersegurança revelou que as condições econômicas afetaram o setor, agravando as lacunas de talentos e habilidades. Profissionais da área têm recorrido à IA generativa (Gen AI) para apoiar transformações estratégicas e atender a crescente demanda. No entanto, gerentes de contratação estão priorizando habilidades transferíveis, como resolução de problemas, em vez de competências técnicas específicas, antecipando que os maiores retornos da IA ocorrerão em médio prazo, com cautela quanto aos riscos adicionais trazidos pela tecnologia.

Para o estudo, a ISC2 ouviu mais de 15 mil profissionais de cibersegurança ao redor do mundo. A pesquisa identificou que a falta de recursos financeiros limita a contratação e o desenvolvimento de equipes de segurança cibernética, o que representa um dos principais desafios do setor. Além disso, 67% dos entrevistados reportaram uma escassez de pessoal este ano, problema que se intensifica com cortes orçamentários e demissões. A falta de habilidades essenciais tem impacto significativo: 59% dos participantes relataram que isso afeta a capacidade de proteger as organizações.

A pesquisa aponta que a IA tem potencial para beneficiar a cibersegurança, mas também eleva a exposição ao risco, especialmente em organizações que implementam IA em outros departamentos. Profissionais de cibersegurança estão pressionando por estratégias claras e regulamentações para o uso seguro da Gen AI, sendo que 45% das empresas não possuem uma estratégia formal para IA. A ausência dessa regulamentação pode prejudicar o equilíbrio entre aproveitar os benefícios da IA e mitigar seus riscos.

Por fim, as equipes de cibersegurança veem a Gen AI como uma oportunidade para melhorar a eficiência e reduzir lacunas de habilidades no futuro. Quase 70% dos profissionais acreditam que, nos próximos dois anos, a IA terá impacto positivo, auxiliando na detecção de ameaças e na tomada de decisões. No entanto, eles destacam a necessidade urgente de diretrizes que orientem a adoção responsável da IA, garantindo que seu uso traga benefícios sem comprometer a segurança organizacional.

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