Com o fim do suporte ao Windows 10 marcado para 14 de outubro de 2025, a transição para o Windows 11 está ganhando destaque, mas gerando preocupações entre os usuários de dispositivos mais antigos. Um dos principais fatores que limitam a adoção do Windows 11 é o requisito de Trusted Platform Module (TPM) 2.0, que se tornou indispensável para instalar o sistema.
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O TPM é um módulo de segurança que protege dados sensíveis, como chaves de criptografia e certificados digitais, além de realizar operações criptográficas para reforçar a segurança do dispositivo. A Microsoft defende que o TPM 2.0 aumenta a proteção com a integração de recursos como o Secure Boot e o Windows Hello for Business, e que ele será essencial para a segurança em um futuro dominado por tecnologias de inteligência artificial e ambientes em nuvem.
Apesar disso, muitos dispositivos antigos não possuem suporte ao TPM 2.0, o que deixa milhões de usuários em um impasse. Para contornar essa exigência, surgiram ferramentas e scripts desenvolvidos por usuários, permitindo a instalação do Windows 11 em hardware incompatível. No entanto, a Microsoft alerta que o uso dessas soluções não é recomendado, já que pode comprometer o desempenho e a segurança do sistema no futuro.
A resistência à migração é evidente: atualmente, o Windows 10 ainda está presente em cerca de 61% dos dispositivos globais, enquanto o Windows 11, lançado em 2021, está instalado em menos de 35%. Para suavizar a transição, a Microsoft oferecerá um programa Extended Security Updates (ESU) por US$ 30, estendendo o suporte ao Windows 10 Home até 2026. Dispositivos médicos e industriais que utilizam edições específicas, como o Windows 10 LTSB e LTSC, continuarão a receber suporte até 2026 ou além, dependendo da versão.
Paralelamente, a Microsoft anunciou a liberação do Windows 11 versão 24H2 para dispositivos compatíveis, permitindo que os usuários atualizem o sistema por meio da seção “Windows Update”. Contudo, para milhões de dispositivos que não atendem aos requisitos, a transição para o Windows 11 permanece incerta, deixando uma grande parte da base de usuários potencialmente vulnerável e enfrentando desafios para se manter atualizada no cenário tecnológico atual.