Empresa anuncia que não grava logs com as atividades
dos clientes. Mas gravou e entregou ao FBI logs que permitiram prender suspeito

A PureVPN, empresa baseada em Hong Kong, entregou ao FBI logs que permitiram a lozalização e prisão de um suspeito. O homem é acusado de ataques e ameaças via internet a sua ex-namorada e foi preso no dia 5 de Outubro. Ryan Lin, de 24 anos, morador de Massachusetts, pagava o serviço de VPN (a PureVPN não oferece VPN grátis) para ocultar seu IP e assim poder enviar ofensas e ameaças a sua ex. A VPN é um recurso utilizado por pessoas físicas e jurídicas do mundo todo como acesso remoto seguro, com a ocultação de seus IPs e criptografia de seu tráfego. Isso impede que a navegação e a comunicação sejam visualizados por pessoas não autorizadas.
Muitas VPNs anunciam que não coletam nem guardam dados de navegação em logs. Isso impede que as atividades de seus clientes sejam expostas no caso de investigadores examinarem os servidores utilizados. Normalmente as empresas de VPN oferecem servidores distribuídos em diversos países. Isso permite que os clientes escolham um IP aleatório de outro país, ocultando o verdadeiro. A PureVPN exibe no seu site uma declaração da política de “No-Log”, ou seja, mente aos clientes sobre esse assunto.
Infelizmente os clientes não têm meios de verificar se uma VPN guarda logs ou não. De todo modo, o incidente mostra que a segurança anunciada pelos fornecedores de serviços de VPN precisa ser colocada em cheque.