A VMware entrou com um processo contra a Siemens nos EUA, alegando que a empresa usou mais software do que havia licenciado. O caso surgiu quando a Siemens solicitou suporte para uma lista de produtos VMware que, segundo a VMware, incluía software não licenciado. A Siemens insistiu na validade da lista e ameaçou processar a VMware caso o suporte não fosse concedido, levando a empresa de virtualização a fornecer um suporte temporário sob protesto.
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Posteriormente, a Siemens revisou sua lista e enviou uma versão mais próxima dos registros da VMware, sem explicar a discrepância inicial. A VMware também acusa a Siemens de se recusar a permitir uma auditoria para verificar a extensão real do uso do software. Sem clareza sobre o cumprimento das licenças, a VMware decidiu levar o caso à justiça e busca um julgamento com júri.
Paralelamente, a VMware anunciou mudanças na forma como seus clientes baixam software. A partir de abril de 2025, será necessário um “token de download” exclusivo para cada cliente, permitindo rastrear quem baixa cada produto. Essa alteração pode ter ajudado a evitar disputas como a atual com a Siemens, mas levanta dúvidas sobre a confiabilidade do novo sistema.
Outra possível mudança controversa envolve um novo requisito de licenciamento para o vSphere Standard e Enterprise Plus, que pode impor uma compra mínima de 72 núcleos. Pequenas empresas, cujos servidores costumam ter menos núcleos, podem ser forçadas a pagar por capacidade que não utilizam. A VMware ainda não confirmou oficialmente essa mudança.
Esses movimentos indicam uma reestruturação da VMware sob a Broadcom, buscando maior controle sobre licenças e receitas. No entanto, tais decisões podem gerar resistência entre clientes menores e parceiros de longa data, potencialmente afetando a reputação da empresa no mercado de virtualização.