War Room ao vivo: preparando líderes para crises cibernéticas

No dia 9 de dezembro, líderes de segurança de diferentes setores se reuniram para uma imersão única no War Room organizado pelo CISO’s Club. O evento proporcionou mais de 11 horas de intensa simulação de uma grave crises cibernética em organização bancária, permitindo que os participantes experimentassem em tempo real os desafios diante de decisões críticas que emergem durante um incidente de segurança. A experiência trouxe aprendizados valiosos e destacou pontos essenciais para a evolução da segurança cibernética nas organizações brasileiras.

Uma Experiência Transformadora para Líderes de Segurança

Mais de 40 profissionais participaram da imersão, e um dado surpreendente emergiu, segundo Allex Amorim, um dos diretores do CISO’s Club: mais de 50% dos presentes nunca tinham vivenciado uma crise real em sua carreira. Essa revelação, segundo ele, reforça a necessidade de criar simulações que ofereçam um ambiente controlado para a prática de tomada de decisão, liderança e comunicação durante crises: “O War Room se mostrou uma ferramenta eficaz para preencher essa lacuna, permitindo que os participantes enfrentassem situações que, embora simuladas, refletiram com realismo os desafios do mundo corporativo”.

Lições Aprendidas: A Comunicação como Pilar Central

Um dos pontos mais evidentes durante o evento foi a importância da comunicação clara e assertiva. A falta de integração entre as lideranças, incluindo o CISO, a operação técnica e o CEO, dificultou o alinhamento de prioridades e a tomada de decisões estratégicas. Muitos participantes relataram que, em suas empresas, não há um plano estruturado para apresentar as necessidades ao board, mesmo quando os recursos financeiros estão disponíveis.

O evento destacou que pedir investimento para resiliência ou resposta a incidentes não é apenas uma questão técnica, mas de articulação estratégica. “Saber quando, como e por que pedir recursos é uma habilidade crucial que precisa ser desenvolvida pelos líderes”, explicou Altevir Ferezin Jr., também diretor do CISO’s Club.

A Importância do Papel de Cada Área na Resposta à Crise

Outro ponto chave da imersão foi a compreensão do papel de cada área em momentos de crise. Muitas vezes, as áreas operacionais sentem que não recebem suporte ou direcionamento adequado da liderança. Por outro lado, o board frequentemente carece de informações claras e objetivas para tomar decisões rápidas. A imersão reforçou a necessidade de um plano de papéis e responsabilidades bem definido, com a alta direção alinhada e envolvida desde o início.

Os participantes também reconheceram que, em muitas organizações, há confusão entre resposta a incidentes e gestão de crises. Essa diferença é crítica: enquanto a resposta a incidentes foca em mitigar o ataque, a gestão de crises busca assegurar a continuidade do negócio e preservar a reputação da empresa.

Simulações: Uma Ferramenta para Preparar Organizações Inteiras

Uma das grandes mensagens do evento foi a importância de expandir esse modelo de treinamento para além dos CISOs e times técnicos. Simulações como o War Room devem ser realizadas dentro das empresas, envolvendo não apenas as equipes de segurança, mas também outras lideranças, como marketing, jurídico, relações com imprensa e diretoria. Esses treinamentos ajudam a criar uma visão sistêmica e colaborativa, essencial para a gestão de crises.

Oportunidades para Patrocinadores e Participantes Futuros

O sucesso do evento abre portas para futuras edições e para parcerias estratégicas com fornecedores de tecnologia e serviços de cibersegurança. Patrocinar imersões como o War Room não é apenas uma oportunidade de visibilidade, mas também de conexão direta com líderes que estão à frente das decisões de segurança em suas organizações. A experiência prática permite que os patrocinadores demonstrem o valor de suas soluções no contexto de crises reais, gerando leads qualificados e relacionamentos de longo prazo.

Uma Experiência para Repetir

O War Room foi uma prova viva de que as empresas possuem recursos financeiros para investir, mas é necessário saber como apresentar as necessidades de forma estratégica. A vivência prática mostrou que preparar líderes para crises cibernéticas é mais do que uma necessidade — é uma obrigação para empresas que desejam estar prontas para os desafios do mundo digital.

A próxima edição do War Room já está em planejamento. Que lições ela trará para o mercado? Quais novas conexões serão feitas? Uma coisa é certa: a experiência é única, e participar dela é um passo essencial para transformar a maneira como as organizações lidam com crises.

Se você perdeu essa edição, não deixe de acompanhar as próximas oportunidades. E para as empresas interessadas em levar essa imersão para suas equipes, o modelo do War Room pode ser adaptado para atender às necessidades específicas de diferentes setores. Afinal, só se aprende fazendo.