A Ledger, uma das maiores empresas de carteiras de hardware de criptomoedas, revelou uma grande violação de segurança de seu banco de dados de comércio eletrônico e marketing, que resultou no comprometimento de 1 milhão de endereços de e-mail de clientes. Além dos endereços de e-mail, que podem ser usados em ataques de phishing, o hacker obteve informações de identificação pessoal (PII) de 9.500 clientes, incluindo nome e sobrenome, endereço postal, número de telefone e produtos encomendados.
Em comunicado, a Ledger afirma que nenhuma informação financeira ou senha foi obtida e que o incidente não afeta as carteiras de hardware ou os fundos armazenados dos clientes. A empresa informou que notificou a agência reguladora de proteção de dados da França (CNIL, na sigla em francês) em 17 de julho e solicitou a ajuda da Orange Cyberdefense quatro dias depois para avaliar os danos e melhorar sua postura de segurança interna.
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“Em 14 de julho, um pesquisador participando do nosso programa de recompensas nos informou sobre uma possível violação de dados no site da Ledger. Corrigimos imediatamente essa violação depois de receber o relatório do pesquisador e passamos por uma investigação interna “, diz a nota da empresa. “Uma semana após corrigir a violação, descobrimos que ela havia sido explorada em 25 de junho de 2020 por um terceiro não autorizado que acessou nosso banco de dados de comércio eletrônico e marketing.”
A empresa acrescentou que agora está tomando medidas para cumprir a ISO 27001.
Para o vice-presidente de tecnologia de cloud security practice da Rapid7, Chris DeRamus, diz que, apesar das garantias da Ledger, o incidente afetará a confiança do cliente na marca. “É crucial garantir que todas as informações confidenciais, de endereços de e-mail a fundos de criptomoeda, sejam seguras e mantidas fora das mãos dos atores de ameaças”, disse ele, em declaração à Infosecurity.
Segundo ele, garantir que o banco de dados esteja protegido, as empresas devem ter uma governança de gerenciamento de acesso à identidade (IAM). “Eles devem seguir o princípio do acesso menos privilegiado ao provisionar permissões do IAM fornecendo verificações para impedir que as identidades possam acessar além de seus sistemas.”