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Vídeo vira disputa entre Palo Alto Networks e Orca Security

A Palo Alto Networks poderá entrar com uma ação contra a Orca Security, fornecedora de soluções de visibilidade em nuvem, por causa de um vídeo de 12 minutos que ela publicou em seu blog, comparando os produtos das duas empresas.

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A Orca já havia publicado comparações com produtos de outras empresas como a Qualys, das quais não há registro de problemas, mas a Palo Alto reagiu mal, enviando no início de setembro uma carta de “cessar ou desistir”.

O vídeo continua no Youtube e o post da Orca continua no site da empresa. Mas agora há um novo post abordando o assunto, com o título “Dear Palo Alto – Transparency, not legal threats – The Cybersecurity Community Demands Transparency, Not Legal Threats”. É uma carta aberta de Avi Shua, fundador e CEO da Orca Security, endereçada da seguinte forma:

To: Palo Alto Networks
CC: The cybersecurity community
Subject: The Cybersecurity community demands transparency, not legal threats 

O resumo da carta diz: “Algumas semanas atrás, a Orca Security publicou uma comparação entre a Orca Cloud Security Platform e algumas outras ferramentas de segurança em nuvem – incluindo uma comparação com Palo Alto Networks Prisma. Em resposta, a Palo Alto Networks enviou uma carta de cessar e desistir, exigindo que a comparação fosse removida imediatamente. Aqui está minha resposta. Conclamo você a ver os vídeos em questão e se você, como eu, acredita que a comunidade de cibersegurança merece transparência e os fornecedores não devem ser autorizados a impedir a publicação de comentários ou benchmarks por meio de ameaças legais, compartilhe esta postagem. Você também pode deixar seus próprios comentários abaixo”.

O jurídico da Palo Alto Networks argumenta que a comparação é uma violação do seu contrato, que proíbe os usuários de tornar públicas informações sobre benchmark, desempenho ou testes de comparação. A Palo Alto Networks também afirmou que a Orca fez mau uso de seu nome e logotipo. “Vemos o uso e a classificação do Prisma Cloud em seu site como materialmente enganoso, pois os testes e as classificações não são justos e consistentes”, afirma a Palo Alto Networks em sua carta.

Em sua resposta, Shua disse que os fornecedores não devem ser autorizados a usar ameaças legais para impedir que tais comparações sejam tornadas públicas, e apontou que o Consumer Review Fairness Act proíbe as empresas de tentarem impedir os clientes de revisar seus produtos ou serviços.

“Em sua carta, a Palo Alto Networks não aponta para nenhuma imprecisão factual nas avaliações de desempenho de seus produtos. Em vez disso, ela baseia suas ameaças em termos de contrato frágeis e padronizados que proíbem análises e comparações de seus produtos e alegações vazias de marca registrada, alegando que a Palo Alto Networks está patrocinando os vídeos ”, disse Shua .

Ele acrescentou: “É ultrajante que o maior fornecedor de cibersegurança do mundo acredite que seus usuários não tenham o direito de compartilhar qualquer benchmark ou comparação de desempenho de seus produtos”.

Com agências internacionais