A vice-presidenta da Venezuela, Dalsey Rodriguez, acusou ontem os Estados Unidos de hospedarem os dispositivos que atacaram o sistema financeiro do país uma semana atrás,deixando fora do ar durante cinco dias os sistemas de internet banking do Banco de Venezuela, o principal do país. “A partir do território dos Estados Unidos, foi organizado um ataque aos servidores do Banco da Venezuela, que paralisou os sistemas da principal instituição financeira do país por cinco dias’, disse a executiva.
Rodriguez fez um pronunciamento à nação para explicar os ataques cibernéticos e não mencionou ransomware em momento algum. Mostrou apenas um slide onde aparecem cinco linhas de um log do IPS do banco, cada uma correspondendo a um endereço IP de onde se originaram os ataques. Pela descrição da vice-presidenta, foi um DDoS de um único IP o que ocasionou a falha nos sistemas do banco. Esse IP foi associado a um range que pertence aos EUA.
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“Não é casual que esse ataque aconteça contra a maior entidade bancária nacional, por onde os venezuelanos recebem seus bônus, e a pouco tempo de implementarmos o Bolívar Digital”, afirmou em entrevista coletiva de imprensa na tarde de ontem.
Segundo ela, no dia 15 de setembro, vários ataques contínuos foram registrados nos Estados Unidos com o objetivo de destruir dados e prejudicar o sistema financeiro do país. Se os invasores tivessem sucesso, 14 milhões dos clientes do banco seriam afetados, afirmou. Demorou cinco dias para eliminar as consequências do ataque cibernético e fortalecer as defesas do sistema. Segundo as autoridades, os especialistas do banco continuam registrando tentativas de hackers para localizar vulnerabilidades no sistema.
Em 17 de setembro, as autoridades venezuelanas anunciaram um “ataque terrorista” ao sistema financeiro do país. Devido ao ataque cibernético, os clientes do Banco de Venezuela não puderam realizar nenhuma operação.
Com agências de notícias internacionais