China teve 7 vezes mais vítimas de Covid, sugere vazamento

Dados recebidos por duas publicações trazem mais de 640.000 atualizações de informações, cobrindo pelo menos 230 cidades chinesas
Da Redação
20/05/2020

Um vazamento de dados da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa, instituição chinesa controlada pelas forças armadas, pode ajudar a confirmar que o número de vítimas da Covid-19 na China é muito maior – não apenas os 82.919 casos confirmados e as 4.633 mortes. Os dados foram recebidos por dois veículos de informação: o 100Reporters e o Foreign Affairs, que publicaram hoje uma mesmam reportagem sobre o assunto.

A 100Reporters afirma que “embora não sejam totalmente abrangentes, os dados são incrivelmente ricos: existem mais de 640.000 atualizações de informações, cobrindo pelo menos 230 cidades – em outras palavras, 640.000 linhas que pretendem mostrar o número de casos em um local específico no momento em que os dados foram coletados” – o que seria quase oito vezes mais do que o número oficial. Cada atualização, segundo a publicação, inclui geolocalização e número de casos “confirmados” do local, em datas que vão desde o início de fevereiro até o final de abril.

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Embora contenha inconsistências, é o conjunto de dados mais extenso que existe sobre os casos de coronavírus na China, diz o 100Reporters. “Mais importante, pode servir como um valioso acervo de informações para epidemiologistas e especialistas em saúde pública em todo o mundo – e quase certamente não foi compartilhado com autoridades ou médicos dos EUA”. Esses dados são utilizados para que a Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa atualize seu monitoramento de dados sobre o coronavírus: a versão online da Universidade, segundo a 100Reporters, combina com as informações vazadas, “exceto que são muito menos detalhadas – mostram apenas o mapa dos casos, não os dados isolados”.

Para locais no centro do surto, em Wuhan (província de Hubei) e arredores, os dados também incluem números de mortos e “recuperados”. Não está claro, segundo a publicação, de que modo os autores do conjunto de dados definem “confirmado” e “recuperado” – como em outros países, a China atualizou seus métodos de contagem em meados de fevereiro, quando os casos relatados por Hubei aumentaram porque as autoridades anunciaram que estavam incluindo pacientes com diagnóstico de tomografia computadorizada. Diferente de outros países, o surto da China atingiu o pico antes que métodos rigorosos de testes estivessem amplamente disponíveis, informa a notícia.

Não está bem claro de que forma a universidade coletou os dados, diz a publicação. A versão online diz que são dados do Ministério da Saúde da China, da Comissão Nacional de Saúde, além de relatórios da mídia e dados de outras fontes públicas.

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