Um hacker anunciou ontem por US$ 1.500, num fórum frequentado por cibercriminosos, a venda de um arquivo com cerca de 22 milhões de registros de pessoas, que ele atribui à operadora de telefonia móvel Movistar. A empresa é subsidiária da Telefónica e opera na Espanha, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, México, Peru, Uruguai e Venezuela. Embora o anunciante não informe de onde são os registros, um usuário do portal espanhol Banda Ancha afirma que eles são do Peru, onde existem 43 milhões de telefones móveis.
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Para comprovar a posse dos dados, o anunciante expôs uma amostra com um milhão de registros. Eles contêm “detalhes confidenciais, como nomes completos, números de identificação nacional (DNI), números de telefone celular, planos de serviço e atualizações de status”. O anúncio foi revelado pela empresa de segurança cibernética HackManac por meio da rede social X. Até agora, a Movistar não comentou o vazamento de dados nem emitido qualquer comunicado.
Se a notícia for confirmada, será o segundo incidente de segurança sofrido pela Telefónica em 2025. Em Janeiro, a operadora relatou uma invasão em seu sistema de tickets que expôs os dados de milhares de funcionários. Os invasores vazaram o banco de dados, que incluía nomes, endereços de e-mail e documentos do sistema interno usado para relatar e resolver problemas dos funcionários.