Acordo permitirá que 194 milhões de usuários do site nos Estados Unidos e em Israel, afetados pelas violações, reivindiquem compensação

O Yahoo chegou a um acordo de US$ 117,5 milhões com milhões de pessoas cujos endereços de e-mail e outras informações pessoais foram roubadas na maior violação de dados da história.
O acordo, resultado de uma ação coletiva, aguarda a chancela da juíza do Tribunal do Distrito Norte da Califórnia em San Jose, na Califórnia, Lucy Koh. Ela rejeitou uma versão anterior do acordo em 28 de janeiro e sua aprovação ainda é necessária. Com a autorização da juíza, advogados que firmaram o acordo poderão receber até US$ 30 milhões de honorários advocatícios e até US$ 8,5 milhões referentes a outras despesas.
Os usuários e as pequenas empresas afetadas pela violação, por sua vez, poderão receber até US$ 55 milhões no total para pagamento de despesas diretas associadas à uma série de violações de dados que ocorreram entre 2012 e 2016, como perdas ou taxas incorridas como resultado do tratamento de fraudes de identidade, sendo US$ 25 mil para cada um pelo monitoramento de crédito feito pelo Yahoo.
O acordo permitirá que 194 milhões de usuários do Yahoo nos Estados Unidos e em Israel, afetados pelas violações, reivindiquem compensação, com aproximadamente 896 milhões de contas. Globalmente, as violações impactaram cerca de 3 bilhões de usuários do Yahoo.
Os dados expostos incluíam nomes, endereços de e-mail, números de telefone, datas de nascimento, senhas, perguntas de segurança e respostas, bem como o conteúdo de e-mails, calendários e contatos.
Usuários que não sofreram danos diretos pela violação terão a opção de reivindicar ressarcimento pelo monitoramento gratuito do crédito. Os usuários que demonstrarem ter um mínimo de 12 meses de monitoramento de crédito poderão reivindicar um pagamento de até US$ 100.
O valor do pagamento dependerá de quantas pessoas reivindicarem o ressarcimento. Se sobrar fundos após o pagamento de todas as reivindicações, os reclamantes poderão receber até US$ 358,80 cada. No entanto, devido aos 194 milhões de possíveis reclamantes envolvidos, o pagamento real pode chegar somente a US$ 0,60 por usuário. Se mesmo um terço dos usuários apresentar reclamação, o pagamento será de US$ 1,84 por pessoa.
Os usuários afetados têm até 20 de julho para se inscrever no programa de ressarcimento pelo monitoramento de crédito ou por outra remuneração alternativa. Com agências de notícias internacionais.