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Universidade pagou € 197 mil pelo resgate de sistemas

Paulo Brito
09/02/2020

Num seminário sobre o ataque de ransomware de Dezembro, representante da Universidade de Maastricht admitiu o pagamento de 30 Bitcoins pela chave de decodificação

A Universidade de Maastricht, nos Países Baixos, confirmou na semana passada o pagamento de € 197.000 na forma de 30 bitcoins aos hackers que invadiram seus sistemas no final do ano passado, paralisando todo o seu tráfego de internet. 

A decisão de pagar o resgate foi o menor dos males e uma decisão tomada com grande pesar, disse Nick Bos, vice-presidente do conselho de administração, em um seminário sobre a invasão ocorrido na quarta-feira dia 5 de Fevereiro. O seminário durou duas horas.

De acordo com especialistas em crimes cibernéticos da Fox-IT, contratados pela Universidade para a perícia e reparos, a invasão começou quando hackers conseguiram colocar um link de phishing no laptop de um membro da universidade, no dia 15 de outubro. No dia 21 de novembro eles já tinham controle total sobre a rede. 

O ataque de ransomware foi feito, finalmente, em 23 de dezembro. A Fox-IT identificou os hackers como sendo do grupo Grace-RAT, também conhecido como TA-505. Esse grupo fala russo, mas não é possível saber por enquanto se está de fato baseado na Rússia. O grupo está ativo há cinco anos e detém mais de 150 vítimas em ransomware desde fevereiro de 2019.

Os Países Baixos vêm sendo atacados incessantemente, segundo sua autoridade de proteção de dados, a AP. Ela recebeu mais de 27.000 relatórios de vazamentos de dados no ano passado, a maioria proveniente do setor financeiro, informou na quinta-feira dia 6. 

No total, o número de vazamentos do país cresceu 29% em relação a 2018, enquanto os ataques a empresas e indivíduos envolvendo hackers, phishing e ransomware aumentaram 25%, informou a agência. A AP suspeita que o número real de vazamentos de dados possa ser maior, porque nem todas as empresas informam oficialmente os vazamentos, mesmo sendo exigidos por lei. No ano passado, as autoridades investigaram 28 casos nos quais havia suspeita de vazamentos. Do total de relatórios, 4.600 vieram dos governo nacional e local, um aumento de 27% sobre 2018. 
Com agências internacionais

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