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Tribunal Penal Internacional é alvo de espionagem cibernética

O Tribunal Penal Internacional (TPI) forneceu informações adicionais sobre o ataque cibernético de que foi vítima há cinco semanas, dizendo que se tratava de uma operação direcionada para fins de espionagem. A organização intergovernamental divulgou a violação em 19 de setembro, poucos dias depois de detectar atividade anômala em seus sistemas de informação.

O Tribunal Penal Internacional está sediado em Haia, na Holanda, e suas atribuições são investigar e julgar pessoas acusadas de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de agressão e crimes de guerra.

Em um comunicado na sexta-feira, 20, o TPI compartilhou novos detalhes sobre a ação que tomou após o ataque cibernético e alguns resultados iniciais da análise forense do incidente. “As evidências disponíveis até agora indicam um ataque direcionado e sofisticado com o objetivo de espionagem. O ataque pode, portanto, ser interpretado como uma tentativa séria de minar o mandato da corte.”

As evidências são insuficientes para atribuir o ataque [a alguém ou a algum grupo], disse o TPI no comunicado, acrescentando que a polícia holandesa está atualmente conduzindo a investigação criminal.

O impacto do ataque ainda não está claro e não há nenhuma evidência até agora de que os dados confiados à corte tenham sido comprometidos. “Caso surjam tais provas, as partes afetadas serão contatadas imediatamente com mensagens diretas do tribunal.”

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O TPI informa que já tomou “todas as medidas necessárias para resolver qualquer comprometimento de dados pertencentes a indivíduos, organizações e Estados” e continuará a fazê-lo.

O TPI disse ainda que está reforçando sua estrutura de gerenciamento de riscos e se preparando para possíveis repercussões do ataque cibernético, como riscos de segurança para vítimas e testemunhas. “As medidas para melhorar a segurança digital também foram aceleradas.”

O recente ataque cibernético ocorreu em um “momento de preocupações em relação à segurança mais amplas e elevadas para a corte”, devido a tentativas diárias e persistentes de interromper os sistemas do TPI e processos criminais iniciados contra várias autoridades eleitas, incluindo juízes da corte e o ministério público.