matrix-4980033_1280-1.jpg

Tribunal de Israel nega pedido da Anistia Internacional contra NSO

Corte rejeitou solicitação da ONG de direitos humanos para revogar a licença de exportação da empresa
Da Redação
13/07/2020

Um tribunal israelense rejeitou nesta segunda-feira, 13, pedido da Anistia Internacional para revogar a licença de exportação da NSO Group. A empresa de spyware é alvo de várias acusações de espionagem cibernética por ativistas de direitos humanos, inclusive pelo serviço de mensagens WhatsApp, que está processando a empresa em um tribunal nos EUA.

Muitas das alegações se concentram no software Pegasus da empresa, ferramenta, segundo os críticos, altamente invasiva que pode ligar a câmera e o celular de uma pessoa e acessar os dados, transformando efetivamente o telefone em um espião de bolso. No caso do WhatsApp, por exemplo, há acusação é que o software explorou uma vulnerabilidade para controlar smartphones.

A Anistia Internacional afirma que a tecnologia foi usada contra um de seus funcionários e solicitou que um tribunal de Tel Aviv revogasse a licença de exportação da NSO emitida pelo Ministério da Defesa.

Veja isso
Grupo de espionagem mira órgãos militares do leste europeu
WhatsApp confirma que spyware monitora celulares globalmente

A juíza Rachel Barkai rejeitou a petição, alegando que “não havia evidências de que houve uma tentativa de monitorar o ativista de direitos humanos quando o software tentava obter acesso ao telefone dele”, conforme sentença proferida nesta segunda-feira.

A codiretora de tecnologia da Anistia Internacional, Danna Ingleton, descreveu a decisão como “vergonhosa” e “um golpe cruel para pessoas colocadas em risco em todo o mundo pela NSO, que vende seus produtos a notórios violadores de direitos humanos”.

A organização de direitos humanos acrescentou que os produtos da NSO estão ajudando governos a cometer violações de direitos, abrangendo “da Arábia Saudita ao México”.

No mês passado, a Anistia Internacional alegou que o spyware da NSO foi usado contra o jornalista marroquino Omar Radi, condenado em março por um post em mídia social. A ONG disse que Radi foi “sistematicamente alvo das autoridades marroquinas devido ao seu jornalismo [independente] e ativismo”.

Procurada pelo site SecurityWeek, a empresa se recusou a comentar sobre seus negócios no Marrocos, mas disse que estava “incomodada” com as alegações e as investigaria.

O tribunal marroquino deu a Radi uma sentença de quatro meses por criticar um juiz em um tuíte.

A NSO está nas manchetes desde 2016, quando pesquisadores a acusaram de ajudar a espionar um ativista nos Emirados Árabes Unidos. Fundada em 2010 pelos israelenses Shalev Hulio e Omri Lavie, a NSO tem sede no centro de alta tecnologia israelense de Herzliya, perto de Tel Aviv. Segundo a empresa, ela emprega 600 pessoas em Israel e no mundo.

Compartilhar:

Últimas Notícias

Parabéns, você já está cadastrado para receber diariamente a Newsletter do CISO Advisor

Por favor, verifique a sua caixa de e-mail: haverá uma mensagem do nosso sistema dando as instruções para a validação de seu cadastro. Siga as instruções contidas na mensagem e boa leitura. Se você não receber a mensagem entre em contato conosco pelo “Fale Conosco” no final da homepage.

ATENÇÃO: INCLUA newsletter@cisoadvisor.com.br NOS CONTATOS DE EMAIL

(para a newsletter não cair no SPAM)