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Travelex se recupera mas cai em ranking de crédito da S&P

Paulo Brito
14/01/2020

Travalex, maior operadora de câmbio do mundo, consegue pouco a pouco reativar serviços online mas seu rating de crédito foi rebaixado pela Standard & Poors

Noticiário da Agência Reuters de ontem diz que a Travelex, a maior operadora de câmbio do mundo, está conseguindo pouco a pouco reativar alguns serviços online. A empresa foi paralisada na véspera de ano novo por um ataque do ransomware Sodinokibi, e foi obrigada a retornar às operações em papel e caneta. Os problemas atingiram bancos que oferecem os serviços de câmbio da Travelex a seus clientes, como por exemplo Barclays, HSBC e Royal Bank of Scotland.

Por causa desses problemas todos, a agência de ratings Standard & Poors rebaixou o rating de crédito da Travelex para negativo, e questiona se a empresa poderia sobreviver como de modo independente. A S&P diz em seu boletim: “O efeito desse incidente pesará no já apertado espaço da Aliança da Travelex. O incidente levanta questões sobre a capacidade creditícia autônoma da empresa”. A Travelex é de propriedade do grupo de serviços financeiros Finablr, que tem sede em Abu Dhabi.

Toda a equipe da Travelex foi solicitada a entregar seus laptops às equipes de TI da empresa, para que as verificações urgentes de vírus “contenham e limitem” o ataque, que afetou toda a rede interna, forçando o departamento de TI a vasculhar tudo e a tratar urgentemente todo hardware supostamente comprometido. Grupos no WhatsApp foram criados para comunicar informações de segurança aos funcionários e assim evitar o uso do sistema de e-mail.

A invasão no maior revendedor de moedas do mundo, descoberta na véspera de Ano Novo, tornou-se o foco de uma investigação policial, com hackers ameaçando publicar dados de clientes, incluindo informações de cartão de crédito, se um resgate de US $ 6 milhões não for pago.

Durante as fases iniciais do ataque, os funcionários não conseguiram fazer login no sistema de ponto, o Workday, por meio dos seus computadores do trabalho, o que resultou em alguns registrando manualmente suas horas extras. No entanto, a Travelex disse que todos os funcionários receberão seu pagamento em dia em 28 de janeiro.

Enquanto isso, os operadores de caixa da Travelex foram forçados a recorrer a papel e caneta para manter o dinheiro passando pelas filiais. 

Um porta-voz do banco Barclays declarou ao jornal Financial Times que o banco “não conseguiu processar pedidos em moeda estrangeira devido a um problema com nosso provedor de serviços, a Travelex”, acrescentando que restauraria o serviço o mais rápido possível. Porta-vozes do HSBC e RBS disseram que seus bancos não conseguiram receber pedidos de dinheiro para viagens on-line, por telefone ou em agências.

Com agências internacionais

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