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Tor acusado de ‘conspiração’ em pornografia

Tor acusado de 'conspiração' em pornografia
Home page do Pink Meth

O serviço de criptografia da rede Tor foi incluído num processo judicial contra um site de “vingança pornô” no estado do Texas. Os sites desse tipo têm endereços ‘onion’ e servem para expor anonimamente fotos e dados pessoais como forma de vingança. A inclusão do Tor no processo foi feita pelo Jason Lee Van Dyke contra o site Pink Meth, que só pode ser acessado via Tor. O processo acusa o site de ofensas que incluem potencial de distribuição de pornografia infantil e acesso não autorizado a fotos de pessoas nuas arquivadas sem autorização delas – o que é habitual nos chamados ‘revenge porn sites’.
O advogado tem sido citado nas reportagens como inábil, até por ter acusado o Tor de conspirar com o Pink Meth ajudando-o em sua operação.
De acordo com Van Dyke, as duas organizações “têm uma confluência de mentes” para permitir que o Pink Meth publique fotografias de mulheres sem o seu consentimento, deixando os operadores do site e visitantes escaparem das consequências legais. Além de receber fotos enviadas pelos usuários, o Pink Meth publica informações de contatos e de redes sociais das pessoas. Entre as vítimas estava a estudante universitária Shelby Conklin, que tem aberto ações contra o Pink Meth e vários outros serviços de hospedagem desde 2012. Um acordo com a Verisign tomou temporariamente o domínio principal do site, mas ele  continua a operar sob vários outros endereços. Van Dyke alinha o Tor e suas ferramentas de privacidade e anonimato aos serviços de hospedagem tradicionais, chamando-o de um exemplo de “empresa de serviços de internet sem escrúpulos”, que “permite a sites ilegais como o Pink Meth permanecerem anônimo e difíceis de serem fechados pelas autoridades”.