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6,6 milhões de tentativas de fraude no e-commerce em 2019

Número subiu 14% de 2018 para 2019 e foi foi levantado pela Konduto em 178 milhões de transações monitoradas durante todo o ano passado

fraude no e-commerce

A Konduto publicou hoje seu relatório anual sobre fraudes, o “Raio-X da Fraude”, elaborado com os dados de 2019. Eles mostram que a taxa de tentativas de fraude no comércio eletrônico brasileiro subiu 14% entre 2018 e 2019, avançando de 2,20% para 2,52%. Os dados foram obtidos a partir de 178 milhões de pedidos que passaram pelos sistemas da empresa entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano passado.

Esta é a primeira vez em que o índice cresce desde que a Konduto começou a publicar o Raio-X em 2017. Considerando-se a estimativa de que o e-commerce brasileiro registrou 250 milhões de pedidos no ano passado, a taxa de 2,52% de tentativas de fraude significa que uma tentativa de fraude ocorre no País a cada 5 segundos – ou ainda que a cada 40 compras on-line, uma tem origem fraudulenta. Em números absolutos foram perdo de 6,3 milhões de tentativas de fraude.

“Os números reforçam que o Brasil segue como um dos campeões mundiais em fraudes cibernéticas, mas também não significam o fim do mundo, uma vez que a taxa de tentativas de fraude no e-commerce nacional sempre variou entre 2% e 4%. Além disso, é importante lembrar que o índice de 2,52% não representa fraudes efetivas, mas tentativas de fraude. Na maioria das vezes, estas transações ilegítimas são barradas pelo sistema antifraude ou pelo próprio varejista”, diz Tom Canabarro, CEO e cofundador da Konduto.

Golpes na palma da mão

O Raio-X da Fraude de 2020 também aborda o comportamento dos fraudadores no ambiente on-line. De acordo com o estudo da Konduto, os criminosos concentram as suas ações nos dias úteis (terça-feira foi o dia da semana com mais golpes em média) e no horário comercial. Diferentemente do que muitos pensam, o índice de pedidos ilegítimos cai drasticamente tanto nos finais de semana como às madrugadas.

O relatório também apontou que os estelionatários utilizam nas práticas de golpes os sistemas operacionais e os navegadores mais usados pelos clientes “bons” na hora de comprar (Windows e Google Chrome, respectivamente, lideram a lista). Também chama a atenção o aumento significativo das tentativas de fraude via mobile (de 37% em 2018 para quase 47% em 2019).

“Os resultados de 2020 comprovam que aquela imagem do fraudador agindo encapuzado em um quarto escuro de madrugada não corresponde à realidade. Além disso, algumas atividades escalonáveis e automatizadas que o fraudador só conseguia realizar a partir de um computador agora também estão cabendo na palma da mão dos estelionatários”, afirma Tom Canabarro.