A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu ontem pela manhã, na cidade de Lucas do Rio Verde, um homem de 31 anos suspeito de transferir ilegalmente R$ 130 mil de contas do Banco do Brasil para uma conta de seu pai na agência da cidade. No momento da prisão, o suspeito, que se chama Cristiano de Lima Motta, estava tentando transferir parte do valor para uma conta de pessoa jurídica na qual o titular é seu pai. O noticiário na mídia informou que o valor roubado era de R$ 400 milhões e a transferência no momento da prisão de R$ 30 milhões.
O chefe de Operações da Polícia Civil da cidade, investigador Wladimir Mesquita, contou numa entrevista que a prisão foi feita com base em informações enviadas pelo setor de inteligência do Banco do Brasil em Brasília e pela Polícia Civil do Distrito Federal. O policial mencionou inicialmente a possibilidade de que o suspeito tenha tido a ajuda de cibercriminosos para fazer o desvio. Ontem, segundo ele, a equipe de segurança do Banco avisou a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia de Mato Grosso de que uma pessoa estava tentando sacar parte do dinheiro numa das agências em Lucas do Rio Verde.
O Banco do Brasil enviou ao CISO Advisor a seguinte nota:
“O Banco do Brasil informa que foi alvo de tentativa de fraude na última segunda-feira (1°). A ação criminosa foi prontamente detectada e contida pelas equipes de monitoramento de segurança do Banco, que atua com processos sistematizados e times especializados para identificação de indícios de fraude, com base nas mais modernas práticas da indústria bancária.
O BB acionou imediatamente os órgãos de segurança pública para as providências cabíveis e colabora com o processo de investigação no âmbito da sua atuação.
Adicionalmente, o Banco do Brasil esclarece que a ação não envolveu invasão aos seus sistemas e não causou quaisquer prejuízos aos clientes. A perda apurada para a instituição foi de aproximadamente R$ 130 mil e não de R$ 400 milhões como divulgado”.
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Mesquita contou na entrevista que o suspeito relacionou o dinheiro à venda de terras: seria uma comissão pela venda de uma fazenda em São Paulo. Com poucas perguntas, no entanto, entrou em contradição segundo o policial e passou a declarar que não sabia qual era a origem do dinheiro e por isso foi detido – não sabia informar qual era o nome da fazenda ou onde ela se localizava. Apresentou apenas uma documentação sem todas as assinaturas, supostamente pertencendo ao pai.
Agora, além dele, também estão sendo investigados mais membros da família: seu pai, um irmão e uma cunhada, que associaram o dinheiro à venda de uma empresa falida antes de falarem da fazenda. A polícia ouviu os três e apreendeu seus celulares para encaminhar à perícia antes de liberá-los, enquanto Motta permaneceu preso. Segundo a mídia de Mato Grosso, ele já tem passagens pela polícia e seus dados policiais indicam que faz parte de uma facção criminosa.
Com agências internacionais