A T-Mobile concordou em pagar US$ 350 milhões a clientes afetados pelo roubo de dados pessoais, como números de previdência social, em decorrência de um ataque cibernético ocorrido em agosto do ano passado.
Em um documento arquivado na sexta-feira, 22, na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos, similar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil, a operadora de telefonia móvel disse que os fundos pagariam aos clientes que constam da ação coletiva, bem como os honorários advocatícios e os custos de administração do acordo.
A operadora de telefonia móvel, com sede em Bellevue, Washington, também concordou em fazer um investimento adicional de US$ 150 milhões em segurança de dados e tecnologias relacionadas a este ano e ao próximo, de acordo com o documento arquivado na da SEC. A T-Mobile disse, no entanto, que o acordo não contém nenhuma admissão de irregularidade ou responsabilidade por qualquer um dos réus.
Uma cópia do acordo foi arquivada no Tribunal do Distrito Oeste do Estado do Missouri, onde várias ações relacionadas ao caso foram movidas. A empresa disse esperar que a aprovação judicial dos termos do acordo ocorra já em dezembro deste ano. Se for aprovado, o acordo “resolverá substancialmente todas as reivindicações apresentadas pelos clientes atuais, antigos e potenciais da empresa que foram impactados pelo ataque cibernético de 2021”, disse a T-Mobile no documento arquivado na SEC.
A empresa continua a cooperar com vários órgãos reguladores que estão investigando separadamente o incidente, de acordo com um porta-voz da T-Mobile. Quase 80 milhões de clientes nos EUA foram afetados pela violação. Além dos números do seguro social, outras informações incluíam nomes e dados de carteiras de motorista e outros documentos de identificação.
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A T-Mobile se tornou uma das maiores operadoras de telefonia celular do país, junto com AT&T e Verizon, depois de adquirir a rival Sprint em 2020. Ela informou ter um total de 102,1 milhões de clientes nos EUA após a fusão. A operadora disse que espera registrar uma despesa total antes de impostos de aproximadamente US$ 400 milhões no segundo trimestre deste ano.
A T-Mobile divulgou um comunicado na sexta-feira sobre o acordo em seu site. “À medida que continuamos a investir tempo, energia e recursos para enfrentar esse desafio, estamos satisfeitos por ter resolvido esse pedido de ação coletiva do consumidor”, disse a empresa.
De acordo com o registro da SEC, a T-Mobile espera registrar uma cobrança antes de impostos de cerca de US$ 400 milhões no segundo trimestre como resultado do acordo. O documento observa que a cobrança e o investimento de US$ 150 milhões em segurança foram previstos em sua orientação financeira anterior aos investidores. Com agências de notícias internacionais.