O noticiário Hadashot de ontem da TV israelense informa que uma rede estratégica do Irã foi atingida por um malware destrutivo, semelhante ao Stuxnet. Esse malware é uma arma cibernética, supostamente desenvolvida por Israel e pelos EUA, que atingiu a rede da usina nuclear iraniana em Natanz em 2010, interferindo no programa nuclear governamental. Ao que se sabe o malware estragou as centtrífugas que operavam na produção de plutônio, o elemento necessário para as usinas.
O noticiário da TV diz que o malware responsável pela contaminação é mais violento, mais avançado e mais sofisticado do que o Stuxnet. As autoridades israelenses se recusaram a conversar sobre a possibilidade de terem alguma participação no incidente. Segundo o relato da TV, os iranianos não estão admitindo os danos. Mas no último domingo, Gholamreza Jalali, chefe da agência de defesa civil do Irã, disse que o governo havia neutralizado uma nova versão do Stuxnet: “Recentemente, descobrimos uma nova geração do Stuxnet, que consistia em várias partes … e estava tentando entrar em nossos sistemas”, disse Jalali.
O ataque anunciado ontem acontece horas depois de Israel ter revelado que o seu serviço secreto, o Mossad, havia impedido um complô iraniano para assassinar três iranianos que vivem na Dinamarca, e dias depois de o telefone do presidente do Irã, Hassan Rouhani, ter sido hackeado. Houve recentemente uma série de golpes de inteligência de Israel contra o Irã, incluindo a obtenção, pelo Mossad, do conteúdo de um vasto arquivo documentando o programa de armas nucleares do Irã, e o detalhamento de seus ativos nucleares dentro do Irã, na Síria e no Líbano.