O fundador e CEO do Spotify, Daniel Ek, e o co-presidente e diretor de tecnologia Gustav Söderström, anunciaram ontem no evento “Now Playing”, realizado na empresa em Los Angeles, que a empresa lançará em Janeiro um novo programa para pagar aos criadores de podcasts em vídeo uma parte dos ganhos com assinaturas e receitas de anúncios. A iniciativa começa nos EUA, Canadá, Reino Unido e Austrália. A empresa também anunciou que não vai mais inserir anúncios em podcasts de vídeo para assinantes premium do Spotify. Isso poderá aumentar o consumo de vídeo na plataforma, já que os fãs buscam uma experiência de streaming ininterrupta. No entanto, nem todos os anúncios desaparecerão dos podcasts de vídeo: os criadores ainda podem gravar seus próprios anúncios lidos pelo host dentro dos podcasts.
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O CEO do Spotify disse que os pagamentos seriam calculados com base nas visualizações. A empresa não especificou as taxas que usaria para pagamentos. Para se qualificar para o programa de compartilhamento de receita, um produtor/criador deve ter 10.000 horas transmitidas e 2.000 usuários únicos nos 30 dias anteriores e ter pelo menos 12 episódios publicados.
O empurrão da empresa para o podcasting de vídeo e suas tentativas de cortejar criadores fazem sentido dado o cenário competitivo que ela enfrenta: o YouTube é a principal plataforma para streaming de podcast nos EUA, de acordo com uma pesquisa de abril conduzida pela Cumulus Media e Signal Hill Insights. Trinta e um por cento dos consumidores semanais de podcast que responderam à pesquisa das empresas disseram que usavam o YouTube mais para ouvir podcasts, seguido pelo Spotify (21%) e Apple Podcasts (12%).