Não parece, mas estamos numa guerra. E não a vemos porque é uma guerra travada na quinta dimensão: as primeiras foram na terra firme, depois os combates alcançaram o mar, no século passado chegaram ao ar e ao espaço: quatro dimensões. Mas ao final do século XX a quinta dimensão já estava nascendo e agora se tornou muito nítida: a guerra acontece também no ciberespaço. Nem sempre entre estados, mas também entre cidadãos e malfeitores, ou entre cidadãos e forças do estado, quando não entre os próprios bandidos.
Desde 1988, quando assumi como editor do caderno Informática, da Folha de S. Paulo, tenho acompanhado o desenvolvimento das tecnologias digitalmente invasivas, como os vírus. Antes dessa época elas não eram tão notáveis, embora já existissem. Foram se aperfeiçoando ao longo dos anos, migraram dos disquetes para os emails, apps e outros meios, refinaram-se com a engenharia social e atingiram um grau de sofisticação elevadíssimo. Como todo front costuma ter jornalistas, estou assumindo este posto de observação para noticiar as batalhas e os principais temas em cibersegurança, segurança digital, segurança da informação. Jamais será possível noticiar tudo, mas as principais notícias aparecerão aqui. Paulo Brito