Sobra emprego para especialista em segurança

Paulo Brito
01/11/2018
Israel quer virar ciberpotência O governo de Israel está oferecendo incentivos para empresas de cibersegurança novas ou existentes com o objetivo de se tornar uma potência cibernética global. O gabinete israelense aprovou o oferecimento de incentivos fiscais para as empresas dispostas a criar ou mudar seus negócios para um novo parque cibernético nacional no deserto de Negev. O país tem a esperança de reforçar o seu status de cibersegurança e ciberdefesa "através de parcerias estratégicas, investimentos e emprego esperados a partir do hub de alta tecnologia que está sendo construído em Beersheba". Eviatar Matanya, diretor do National Cyber Bureau de Israel (NCB), tem vários objetivos em mente com este plano: "Este é um passo que irá fortalecer a nossa segurança nacional e beneficiar a indústria israelense. Nosso objetivo é criar 3.000 empregos nos próximos 10 anos. A redução de impostos é um grande motivador para as empresas e ajudará a impulsionar a indústria de segurança cibernética de Israel num futuro muito próximo. O plano para o parque cibernético deve incluir o deslocamento de unidades de inteligência militar chave e laboratórios de desenvolvimento de tecnologia e a criação de um novo comando cibernético. Está planejada ainda uma ferrovia de alta velocidade ligando o novo hub cibernético a localidades na costa do Mediterrâneo e no Mar Vermelho".
Unidade de ciberdefesa em Israel

O (ISC)², principal instituição global focada em educação e certificações profissionais em Segurança da Informação e Cibersegurança, informa que a falta de especialistas em cibersegurança atualmente se aproxima de 3 milhões de profissionais no mundo. Os números estão no  2018 (ISC)² Cybersecurity Workforce Study. Esse levantamento é feito com base em informações dos profissionais que integram equipes de TI/TIC de pequenas a grandes empresas e têm responsabilidade formal em cibersegurança ou investem pelo menos 25% do tempo na proteção de ativos críticos todos os dias. Seus pontos de vista e opiniões criam uma representação realista dos desafios e oportunidades que o setor enfrenta em todo o mundo.

Os principais insights desse estudo revelam que:

  • Do total de 2,93 milhões de vagas em aberto, a região Ásia-Pacífico apresenta a maior escassez de talentos, de aproximadamente 2,14 milhões de profissionais, em parte graças às economias em crescimento e às novas legislações de privacidade de dados e cibersegurança que vêm sendo adotadas na região.
  • A América do Norte é a segunda região em defasagem de profissionais, chegando a 498.000, enquanto América Latina e EMEA (Europa, Oriente Médio e África) apresentam um déficit de 136.000 e 142.000 profissionais, respectivamente.
  • 63% dos entrevistados relatam que há escassez de pessoal de TI dedicado à cibersegurança em suas organizações e 59% dizem que, por isso, suas empresas estão sob risco moderado ou extremo de ataques virtuais.
  • 48% dos entrevistados dizem que suas organizações planejam aumentar a equipe de cibersegurança nos próximos 12 meses.
  • 68% dizem que estão muito ou “um pouco” satisfeitos em seu trabalho atual.
  • As mulheres representam 24% da força de trabalho, em comparação aos 11% dos estudos anteriores e 35% dos entrevistados fazem parte da geração Millennial ou Y, em comparação a menos de 20% da pesquisa anterior.
  • Mais da metade dos entrevistados (54%) estão se preparando para exames de certificações de cibersegurança ou planejam fazê-lo no próximo ano.
  • Alguns dos maiores desafios relatados pelos entrevistados para o progresso da carreira são:
  • Planos de carreira pouco claros para as funções (34%);
  • Falta de conhecimento organizacional sobre habilidades da área (32%);
  • O custo relativo à educação para se preparar para uma carreira em cibersegurança (28%).
  • As quatro áreas em que os profissionais de cibersegurança sentem que precisarão de maior desenvolvimento ou aperfeiçoamento nos próximos dois anos, de forma a progredir em suas carreiras, incluem:
    • Segurança na Nuvem;
    • Teste de penetração;
    • Análise de inteligência de ameaças;
    • Investigação forense.

Uma nova análise da escassez de profissionais de cibersegurança

Além de uma visão mais ampla da força de trabalho de cibersegurança, o estudo apresenta uma nova metodologia de análise da falta de profissionais especializados. Em vez de usar modelos herdados que simplesmente subtraem a oferta da demanda, essa pesquisa leva em consideração outros fatores críticos como a porcentagem de organizações com posições abertas e o crescimento estimado das empresas. O cálculo da demanda inclui as posições disponíveis e uma estimativa das necessidades futuras. A apuração da oferta inclui estimativas para entrantes na área e profissionais existentes que estão migrando para as especialidades em cibersegurança. Essa abordagem mais holística produz uma representação realista dos desafios e oportunidades que empresas e profissionais do setor estão enfrentando mundialmente.

O (ISC)² contratou a Spiceworks para conduzir a pesquisa em agosto de 2018. O estudo teve como alvo profissionais de cibersegurança de todo o mundo em empresas de todos os portes. Os resultados incluem respostas de aproximadamente 1.500 participantes da América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e Europa.

O estudo completo pode ser acessado em www.isc2.org/research.

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