2/3 das empresas da AL não têm plano de continuidade de negócios

Da Redação
03/09/2020

O relatório de riscos e ameaças feito anualmente pela ESET, o “Security Report 2020”, mostra em sua seção latino americana que as empresas dos 14 países pesquisados estão em perigo. No Brasil, 60% delas sofreram incidentes nos 12 meses abrangidos pelo estudo. Mas há países em situação pior, como o Equador, onde 70% das empresas foram atingidas. Para piorar, apenas 33% das organizações pesquisadas têm um plano de continuidade de negócios, sendo em alguns países isso só existe em 16% das empresas.

Por outro lado, 39% das organizações não possuem políticas de segurança e apenas 28% classificam suas informações. Embora, em média, 61% das empresas da região afirmem ter uma política de segurança, em alguns países, como o México esse número chega a 51% das organizações, ou seja, 1 em cada 2 empresas implementou esta prática.

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Em relação aos incidentes de segurança, na média 60% das empresas da região afirmam ter sofrido pelo menos um no último ano, em que a infecção por malware é o tipo mais frequente. Em outras palavras, 1 em cada 3 empresas foi infectada com código malicioso, incluindo ransomware.

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Já na lista de códigos maliciosos que registraram os maiores níveis de detecção no último ano, a ESET identificou:

  • Ramnit, um malware que se espalha principalmente por meio de dispositivos removíveis e que busca principalmente os dados bancários dos usuários;
  • ProxyChanger, um código malicioso que tenta impedir que o usuário acesse um site para enviá-lo a um site infectado pelo invasor, e
  • Emotet, uma família de Trojans bancários distribuídos principalmente por meio de campanhas de spam. Segundo dados da ESET, nos meses de novembro e dezembro de 2019, foram detectadas mais de 27.000 amostras de diferentes variantes do Emotet em cada um dos meses, o que mostra a magnitude desta ameaça que se distribui globalmente.

“Este ano, sem dúvida, será lembrado pela Covid-19 e, embora o Relatório de Segurança da ESET indique que é improvável que uma organização tenha um plano de resposta que inclua uma pandemia, o que ele mostrou é que as empresas com processos de transformação digital e/ou planos operacionais de continuidade de negócios mais avançados não só conseguiram se adaptar mais rápida e facilmente ao trabalho remoto e à situação em geral, mas também estiveram mais preparadas para enfrentar os desafios que, do ponto de vista da segurança, foi apresentado este ano”, comenta Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET na América Latina.

A incidência destes tipos de ataques caiu de 34% a 29% naquelas empresas que implementam capacitações de segurança de forma periódica.

Foram entrevistados mais de 3.900 profissionais de segurança de empresas de diversos portes, em 14 países da América Latina. O relatório aponta os incidentes de segurança mais recorrentes, os controles implementados pelas empresas para proteger seus ativos e as suas principais preocupações..

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