O grupo de hackers pró-Rússia KillNet reivindicou a autoria de ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) em larga escala, realizados nesta segunda-feira, 10, contra sites de vários aeroportos importantes nos EUA, tornando-os inacessíveis. Os ataques sobrecarregaram os servidores que hospedam os sites com solicitações, impossibilitando que os viajantes se conectem e obtenham atualizações sobre seus voos programados ou reservem serviços no aeroporto.
Entre os sites de aeroportos que ficaram indisponíveis estão o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport (ATL), um dos maiores hubs de tráfego aéreo do país, e o Los Angeles International Airport (LAX), que ficou intermitentemente offline ou muito lento para responder — nesta manhã de terça-feira, 11, os sites aparentemente estavam operando normalmente.
Outros aeroportos que retornaram erros de conexão de banco de dados incluem Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago (ORD), Aeroporto Internacional de Orlando (MCO), Aeroporto Internacional de Denver (DIA), Aeroporto Internacional de Phoenix Sky Harbor (PHX), juntamente com alguns em Kentucky, Mississippi e Havaí .
Os hackers do KillNet listaram os domínios ontem em seu canal Telegram, em que membros e voluntários do grupo se reúnem para adquirir novos alvos. Eles contam com software personalizado para gerar solicitações falsas e tráfego lixo direcionado aos alvos com o objetivo de esgotar seus recursos e torná-los indisponíveis para os usuários.
Veja isso
Ataque à Swissport International causou atraso de voos
Securitas expõe 3 TB de dados de aeroportos na Colômbia e Peru
Os ataques DDoS não impactaram os voos, mas geraram efeito adverso nas operações de um setor econômico crucial, interrompendo ou atrasando o andamento dos serviços associados às viagens aéreas.
O KillNet já teve como alvo países que estavam do lado da Ucrânia, como Romênia e Itália, enquanto seu “subgrupo” Legion atingiu as principais entidades norueguesas e lituanas por razões semelhantes.
À medida que a guerra na Ucrânia entrou em uma nova fase, operadores de ameaças pró-Rússia e hacktivistas estão tentando aumentar seus ataques cibernéticos como forma de retaliação contra organizações nevrálgicas no mundo ocidental.
Os EUA, como líder de fato da Otan e principal rival militar da Rússia, forneceram inteligência e equipamentos à Ucrânia desde o início da guerra, mas os ataques DDoS até agora pareciam estar focados em alvos na União Europeia, especialmente após o anúncio de sanções. Com agências de notícias internacionais.