Sistema financeiro global tem risco de disrupção cibernética

Documento do Carnegie Endowment e do WEF traz alerta e apresenta estratégias que levarão a um ecossistema financeiro mais seguro
Da Redação
20/11/2020

Um estudo publicado ontem pelo Carnegie Endowment for International Peace e Word Economic Forum, chamado “Estratégia internacional para proteger melhor o sistema financeiro contra ameaças cibernéticas”, traz um cuidadoso mas bem estruturado alerta de que o sistema financeiro global continua vulnerável a ciberataques que podem causar graves interrupções. O estudo, de 242 páginas, traz recomendações desenvolvidas por especialistas que, durante os últimos quatro anos, analisaram incidentes graves de instituições financeiras, desde o assalto ao Banco Central de Bangladesh, em 2016 (quando foram roubados US$ 81 milhões), até o recente ataque de ransomware ao BancoEstado, do Chile (que precisou fechar suas 417 agências por esse motivo).

O documento considera que a transformação digital, acelerada pela pandemia do coronavírus, fez com que as empresas de serviços financeiros parecessem mais com empresas de tecnologia, “e empresas de tecnologia parecendo mais com empresas de serviços financeiros”, e os hackers estão tirando proveito disso.

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Assinado por * Tim Maurer e ** Arthur Nelson, o estudo traz informações, opiniões, reflexões e recomendações de um grupo consultivo que tem representantes de entidades como o Federal Reserve Board, Banco da Inglaterra, Amazon Web Services, JP Morgan Chase e Fundo Monetário Internacional. Um dos membros do grupo, Lisa Monaco, serviu como conselheira de segurança interna no governo Obama e como assessora do presidente eleito Joe Biden quando ele estava no Senado.

Os princípios centrais da estratégia apresentada pelos especialistas incluem a necessidade de os sistemas financeiros resistirem a ataques, de as nações desenvolverem padrões internacionais sobre o que constitui um comportamento ciberespacial impróprio, de os países trabalharem juntos para deter ataques destruidores e de fortalecer a força de trabalho cibernética.

A estratégia recomenda, ainda, que o G20 inclua uma declaração descrevendo os detalhes sobre o compartilhamento de informações sobre ameaças cibernéticas em seu comunicado de 2021, e que os grupos da ONU que trabalham em normas cibernéticas enfatizem a natureza crítica do sistema financeiro.

* Diretor da Cyber Policy Initiative
** Analista de pesquisas na Cyber Policy Initiative

Com agências internacionais

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