Dezenas de senadores republicanos dos Estados Unidos solicitaram a proibição da venda dos equipamentos do fabricante chinês de roteadores TP-Link, citando preocupações relacionadas à segurança nacional. Eles alegam que a empresa mantém laços estreitos com o governo de Pequim e mencionam investigações em curso nos EUA.
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Segundo a Bloomberg, uma carta liderada pelo senador Tom Cotton, do Arkansas, e assinada por 16 senadores e representantes foi enviada ao secretário de Comércio, Howard Lutnick, na quarta-feira. Os parlamentares afirmam que a TP-Link representa um “perigo claro e presente” ao país.
O documento cita reportagens que indicam o uso de equipamentos TP-Link por funcionários chineses para lançar ataques cibernéticos contra sistemas americanos. A carta também menciona que o Departamento de Justiça dos EUA investiga suposta manipulação de preços pela fabricante.
A TP-Link negou as acusações. Em comunicado divulgado na quarta-feira, a empresa afirmou que, como entidade americana, nenhum governo estrangeiro, incluindo a China, tem acesso ou controle sobre o design e produção de seus produtos. Afirmou ainda não ser estatal nem possuir vínculos profundos com o Partido Comunista Chinês, mantendo total independência.
Dados apontam que a TP-Link detém cerca de 60% do mercado varejista dos EUA para sistemas Wi-Fi e roteadores para pequenos escritórios e residências, aumento significativo frente aos cerca de 10% registrados no início de 2019. A empresa, contudo, questiona esses números, alegando exagero.
Em 2024, a TP-Link se dividiu em duas entidades: uma americana, sediada em Irvine, Califórnia, e outra chinesa, com sede em Shenzhen. Jeffrey Chao, responsável pelos negócios nos EUA, afirmou à Bloomberg que a empresa não possui vínculos com o aparato militar ou de inteligência da China e que transferiu as funções mais sensíveis para os EUA.