Por Helcio Beninatto *
As ameaças à segurança das empresas têm crescido exponencialmente em tamanho, alcance e complexidade. O setor financeiro, em particular, tem sido um dos principais alvos de violações e delitos cibernéticos nos últimos anos. A pesquisa Unisys Security Index de 2014 identificou que 81% dos brasileiros estão seriamente preocupados com possíveis roubos de identidade e com o uso criminoso de informações pessoais de seus cartões de crédito e/ou débito.
Do roubo de dados e fraudes de cartões bancários aos ataques informando “seu serviço foi negado”, a segurança de hoje está se mostrando ineficaz contra as investidas avançadas e persistentes. O que as entidades do setor financeiro podem fazer diante das ameaças emergentes? Como elas podem se concentrar mais no cliente? Como podem assegurar as operações móveis e proteger a informação e identidade do cliente?
Além do aumento das exigências de segurança, as organizações financeiras estão sob grande pressão para aumentar a receita, gerenciar as despesas, estar à frente da concorrência e manter-se em conformidade com as regulamentações em constante mudança.
Também é preciso levar em consideração a exigência por serviços de depósito remoto e uso de dispositivos móveis para diferentes tipos de operações que os bancos precisam atender para se manterem competitivos. Isso aumenta a demanda para fortalecer os sistemas que estão sendo projetados para realizar transações bancárias seguras e mais simples.
Um olhar além da segurança tradicional
As instituições financeiras têm que aumentar a aposta na segurança das transações bancárias, de forma a proteger informações confidenciais, independentemente dos dispositivos utilizados e da localização do cliente.
- Além da autenticação biométrica incorporada nos dispositivos móveis, os bancos podem dar um passo adiante ao utilizar técnicas de ocultação e criptografia de dados avançada que tornam os dispositivos, servidores e usuários finais indetectáveis na rede.
- O isolamento dos dados garante que informações críticas dos clientes fiquem disponíveis apenas para comunidades pré-definidas que possuam autenticação correspondente.
- As instituições financeiras e os bancos podem aproveitar as tecnologias de Big Data que analisam grandes volumes de informação para prever, identificar e prevenir fraudes.
- As fraudes de identidade podem ser atenuadas por meio da utilização de ferramentas que monitoram tentativas de acesso ao sistema em tempo real e adicionam camadas adicionais de autenticação.
Estar sempre um passo à frente
As instituições financeiras geralmente contam com um bom grau de segurança, mas com fraudadores e criminosos virtuais realizando ataques cada vez mais sofisticados, é imperativo que os bancos e prestadores de serviços financeiros sejam mais inteligentes do que seus adversários. É compreensível que nem sempre seja viável prever a atividade fraudulenta. No entanto, é possível fortalecer, de forma proativa, os sistemas de segurança contra violações de dados e ataques de malware por meio de tecnologias inovadoras e disruptivas.
* Helcio Beninatto é Presidente da Unisys para América Latina e Vice-Presidente de Enterprise Services para a região