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Image by Gerd Altmann from Pixabay

Segurança de senhas despenca em 2025

Um novo estudo da Cybernews revela uma crise generalizada na criação e uso de senhas. Com base na análise de mais de 19 bilhões de credenciais vazadas entre 2024 e 2025, a pesquisa mostra que 94% das senhas são reutilizadas ou duplicadas, enquanto padrões frágeis como “123456” continuam entre os mais usados. Apenas 6% das senhas analisadas foram consideradas únicas, e nomes próprios como “Ana” aparecem com frequência surpreendente nas combinações.

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Os dados analisados foram extraídos de cerca de 200 incidentes públicos de segurança, incluindo os casos envolvendo Snowflake e SOCRadar.io. O conjunto incluiu bancos de dados vazados, combolistas e logs de roubo de dados, totalizando mais de 3 TB de informações, das quais 213 GB foram processadas para este estudo. Ferramentas de automação, scripts personalizados e inteligência de ameaças cibernéticas ajudaram a decompor as senhas em padrões, revelando que a maioria tem entre 8 e 10 caracteres e utiliza apenas letras minúsculas e números.

Senhas compostas por palavras ofensivas ou ligadas a cultura pop, sentimentos positivos e nomes próprios também são amplamente utilizadas. Termos como “password”, “admin”, “amor”, “pizza”, “Batman” e palavrões variados estão entre os mais recorrentes. O uso de senhas curtas e previsíveis facilita ataques de força bruta e preenchimento de credenciais, especialmente quando combinadas com e-mails e outros dados pessoais obtidos nos vazamentos.

A pesquisa aponta uma leve melhora na complexidade das senhas: 19% agora incluem letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos, contra apenas 1% em 2022. No entanto, a predominância de senhas simples e recicladas continua sendo uma porta de entrada para ataques cibernéticos, movimentação lateral e até a instalação de ransomware. Muitas vezes, os cibercriminosos nem precisam explorar falhas técnicas para comprometer sistemas.

Como recomendação, a Cybernews orienta o uso de gerenciadores de senhas, a criação de senhas longas e complexas, e a ativação da autenticação multifator. Para empresas, a adoção de políticas rigorosas de senha, auditorias regulares, monitoramento de vazamentos e revisão de controles de acesso são medidas essenciais para mitigar riscos e impedir que senhas fracas comprometam sua segurança.