O mercado global de segurança de redes 5G deve movimentar US$ 11,6 bilhões até 2026, e cada vez mais irá se mover em direção a software e serviços, o que deve acirrar a disputa no mercado entre provedores de serviços de comunicações (CSPs, na sigla em inglês), fornecedores de equipamentos de rede e de segurança cibernética e provedores de data center hyperscale, de acordo com um relatório recente da empresa de pesquisas ABI Research.
Segundo o estudo, as vendas de dispositivos de segurança de rede para empresas de telecomunicações inicialmente irão impulsionar o crescimento do mercado à medida que investem na construção da infraestrutura 5G. “Os CSPs estão comprando as soluções principalmente de fornecedores de equipamentos de rede e de segurança cibernética pura. Com o tempo, outros fornecedores especializados ingressarão no mercado à medida que os CSPs avançam para o 5G autônomo”, disse no relatório Michela Menting, diretora de pesquisa de segurança digital da ABI Research.
De acordo com ela, à medida que essas empresas começarem a oferecer aplicativos empresariais desenvolvidos para usufruir dos benefícios proporcionados pelas redes 5G, o mercado mudará em direção a ofertas de serviços de segurança para empresas, o que levará os CSPs a ingressar fortemente na disputa, já que precisarão recuperar parte dos investimentos em segurança.
Veja isso
Brechas de segurança na 5G preocupam operadoras
5G traz falha grave de segurança no design de segmentação de rede
A ABI Research observa que à medida que essa tendência se consolidar será um desafio para os CSPs, pois eles precisam considerar sua própria infraestrutura de segurança para atender a certas indústrias que podem ter requisitos rígidos.
“Em grande parte, os CSPs provavelmente obterão a tecnologia e as habilidades necessárias por meio de aquisições ou por meio de parcerias com empresas focadas em segurança. Assim, as parcerias serão fundamentais para que os CSPs aproveitem a expertise dos fornecedores de software de segurança e as oportunidades de oferta de serviços”, disse Michela.
A pesquisa mostra que as empresas de telecomunicações e os fornecedores de equipamentos de rede trabalharão em conjunto para desenvolver a infraestrutura 5G e trazer ofertas para as empresas. No entanto, será função dos fornecedores especializados em segurança cibernética e dos provedores de data center hyperscale ajudar a preencher a lacuna de habilidades no que diz respeito à integração da segurança de rede a sistemas complexos que dependem de virtualização e ambientes de nuvem.
A ABI aponta os provedores hyperscale como “as maiores ameaças aos fornecedores de equipamentos de rede e CSPs” devido ao fato de a nuvem ser fundamental para o 5G e porque a experiência dessas empresas em segurança e serviços é complementar às ofertas de 5G. “A única limitação é a tradicional falta de experiência com CSPs e, portanto, elas precisarão provar que podem oferecer segurança. Mas é indiscutível que os provedores hyperscale são ágeis, competitivos e estão muito interessados em entrar neste mercado. A oportunidade está aí e os concorrentes já estão lutando por espaço”, disse Michela.