
A McAfee publicou hoje seu Relatório do McAfee Labs sobre Ameaças: Setembro de 2017, com base em dados obtidos na sua rede de telemetria (formada pelos dispositivos que ela protege em todo o mundo) durante o segundo trimestre deste ano. A conclusão mais importante é que o setor de saúde ultrapassou o setor público em número de incidentes de segurança, com 26% do total; a segunda é que o trojan Faceliker elevou o perigo de contaminação por malware nas redes sociais, especialmente no Facebook: o Faceliker estava em 8,9% das 52 milhões de amostras de malware detectadas. Esse Trojan infecta o navegador do usuário e seqüestra seus “likes” para uso em páginas ou perfis que o proprietário da conta provavelmente nunca viu. “Likes” são uma mercadoria, vendida na internet a empresas ou pessoas interessadas em promover-se com rapidez.
Atividade
No segundo trimestre de 2017, a rede McAfee Labs Global Threat Intelligence registrou tendências notáveis de crescimento das ameaças cibernéticas e incidentes de ataques cibernéticos em todos os setores de atividade:
- Incidentes de segurança. Foram 311, representando aumento de 3% em relação ao primeiro trimestre; 78% ocorreram nas Américas.
- Verticais Alvos. Saúde, educação e setor público representaram mais de 50% do total de incidentes em 2016-2017 em todo o mundo.
o América do Norte Os ataques ao setor de saúde lideraram os incidentes de segurança do segundo trimestre nas Américas.
o Ásia-Pacífico. Na Ásia, o setor público liderou os incidentes comunicados no segundo trimestre, seguido pelos setores de serviços financeiros e tecnologia.
o Europa, Oriente Médio e África. Na Europa, o setor público liderou substancialmente no segundo trimestre, seguido por entretenimento, saúde, finanças e tecnologia.
- Vetores de ataque. O sequestro de contas liderou entre os vetores de ataque divulgados, seguido por DDoS, vazamentos, ataques dirigidos, malware e injeções de SQL.
- Malware em geral. O número de novas amostras de malware cresceu no 2º trimestre, atingindo 52 milhões, um aumento de 67%. Este aumento do número de novos malwares no 2º trimestre se deve, em parte, a um aumento considerável do número de instaladores de malware e ao cavalo de Troia Faceliker. O número total de amostras de malware cresceu 23% nos últimos quatro trimestres, chegando a quase 723 milhões de amostras.
- Ransomware. Novas amostras de ransomware aumentaram acentuadamente mais uma vez no segundo trimestre, em 54%. O número total de amostras de ransomware cresceu 47% nos últimos quatro trimestres, chegando a 10,7 milhões de amostras.
- Malware móvel. O total do malware móvel cresceu 61% nos últimos quatro trimestres, chegando a 18,4 milhões de amostras. O número mundial de infecções em aparelhos móveis aumentou 8% no segundo trimestre, sendo a Ásia a região mais afetada, com 18%.
- Malware para Mac. Com o declínio do excesso de adware, o malware para o Mac OS voltou aos níveis históricos, aumentando apenas 27 mil no segundo trimestre. Ainda pequeno em comparação às ameaças para Windows, o número total de amostras de malware para Mac OS aumentou apenas 4% no segundo trimestre.
- Malware de macro. O número de novos malwares de macro aumentou 35% no segundo trimestre. Noventa e uma mil novas amostras aumentaram o número total geral de amostras para 1,1 milhão.
- Campanhas de spam. O botnet Gamut assumiu novamente a liderança em termos de volume durante o segundo trimestre, continuando sua tendência de distribuição de spam relacionado a empregos e produtos farmacêuticos falsos. O botnet Necurs foi o mais perturbador, distribuindo vários golpes de valorização e venda de ações durante o trimestre.