A Rússia gasta atualmente mais eletricidade em mineração de criptomoedas do que na sua agricultura, afirmou na última sexta-feira, 27, o vice-chefe do Ministério da Indústria e Comércio Vasily Shpak. Segundo o funcionário, 2% da eletricidade do país já é gasta com a mineração, disse num discurso sobre o desenvolvimento de tecnologias blockchain e a regulamentação de ativos financeiros digitais.
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A mineração de criptomoedas na Rússia ainda está em uma espécie de zona cinzenta. Ainda não está regulamentada, mas também não está proibida, representando assim um risco potencial para todas as partes interessadas tanto bas finanças quanto na energia. Caso o assunto venha a ser regulamentado, o vice-ministro estima que o volume de energia consumido possa aumentar exponencialmente.
Recentemente, os legisladores do país introduziram uma versão atualizada da lei que rege a mineração de criptomoedas: foram retiradas duas exigências, incluindo a obrigatoriedade de os mineiros aderirem a um registo especial.
De acordo com um estudo do Cambridge Center for Alternative Finance, publicado em outubro do ano passado, a Rússia ocupa o terceiro lugar em em termos de capacidade de mineração de bitcoin, a principal criptomoeda, atrás dos Estados Unidos e do Cazaquistão. Os dados foram atualizados após o início de uma campanha para banir a mineração de criptomoedas na China. De acordo com o estudo, os EUA respondem por 35,4% do hashrate, o Cazaquistão por 18,1% e Rússia 11%. Os outros maiores hashrates são Canadá (9,55%), Irlanda (4,68%), Malásia (4,59%), Alemanha (4,48%), Irã (3,11%) e Noruega (0,58%).