Uma nova pesquisa divulgada pela Ipsos revela que 84% dos adultos no Reino Unido estão preocupados com conteúdo online nocivo, enquanto 68% querem que mais ações e medidas sejam adotadas pelas plataformas de mídia social para coibir o racismo, homofobia, automutilação e a misoginia.
Mais de um terço (38%) dos entrevistados disseram ter visto conteúdo dessa natureza online no último mês. O estudo, encomendado pelo governo do Reino Unido e realizado pela Ipsos, ouviu 1.140 adultos em junho, pedindo suas opiniões sobre questões relacionadas à segurança online. O levantamento ocorre no momento em que o governo se prepara para avançar com a Lei de Segurança Online.
Apresentado em março, o projeto de lei passou para a fase de relatório no parlamento esta semana. A intenção é proteger as crianças, combater conteúdo ilegal e proteger a liberdade de expressão online, bem como pressionar as plataformas de mídia social para que cumpram os termos e condições declarados.
De acordo com o estudo da Ipsos, 78% dos adultos querem que as big techs sejam claras sobre que tipo de conteúdo é e não é permitido em suas plataformas. Em um alerta severo para as empresas de mídia social, 45% dos entrevistados disseram que deixariam ou reduziriam a quantidade de tempo que passam em suas plataformas se não for tomada nenhuma medida.
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“O abuso online tem um impacto devastador na vida das pessoas, e essas descobertas mostram definitivamente ao público nossos planos que forçarão as empresas de mídia social a se esforçarem para manter seus usuários seguros”, disse à Infosecurity Nadine Dorries, secretária digital do Reino Unido.
“Está claro que as pessoas em todo o Reino Unido estão preocupadas com esse problema e, à medida que nosso marco de lei de segurança on-line atinge o próximo estágio crucial no Parlamento, estamos um grande passo mais perto de responsabilizar os gigantes da tecnologia e tornar a Internet mais segura para todos em nosso país”, completou ela.
Em relação aos termos do novo projeto de lei, o órgão regulador do setor Ofcom terá o poder de multar as empresas em até 10% de seu faturamento global anual para forçá-las a cumprir suas responsabilidades ou até bloquear sites que não estejam em conformidade com a lei.