Liderança do ransomware em ameaças acaba de completar 21 meses

Da Redação
30/03/2021

O ransomware é a ameaça que mais deve preocupar as equipes de segurança, e elas não podem descuidar também do phishing, porque ele é o principal vetor de entrega dos trojans que instalam as variadas ‘cepas’ de ransomware. O alerta está nas conclusões do “Quarterly Incident Reponse Threat”, da Cisco Talos Intelligence, publicado na semana passada. Os especialistas David Liebenberg e Caitlin Huey, ambos da Talos, comentaram num artigo que este é o sétimo trimestre consecutivo – somando 21 meses – em que o o relatório aponta domínio do ransomware no cenário mundial de ameaças.

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Ao contrário do último trimestre, no entanto, os especialistas observam que os ataques dependeram muito de phishing, com mensagens entregando em documentos contaminados os trojans como Zloader, BazarLoader e IcedID. O relatório mostra que quase 70% dos ataques de ransomware do trimestre foram feitos por meio de trojans. O restante foi feito com ferramentas como Cobalt Strike e com outras de código aberto para pós-exploração, como Bloodhound e ferramentas nativas no sistema da vítima, como o PowerShell do Windows.

O PowerShell foi observado em quase 65 por cento de todos os ataques de ransomware, enquanto o uso do PsExec foi observado em mais de 30 por cento. Outras ferramentas observadas incluem as de uso duplo como TightVNC e CCleaner, e ferramentas de compressão, como 7-Zip e WinRAR.

Os especialistas comentam que em muitos casos do último trimestre foi difícil identificar o vetor de infecção inicial, devido a deficiências na gravação de logs. Naqueles em que o vetor inicial pôde ser identificado ou presumido, o phishing permaneceu como principal vetor de infecção pelo sétimo trimestre consecutivo. Embora a grande maioria estivesse entregando documentos contaminados, também houve casos de comprometimento do e-mail comercial: um funcionário de uma empresa de entretenimento recebeu um phishing com uma falsa página de login do Microsoft Online e digitou suas credenciais. O adversário pegou as credenciais e conseguiu se autenticar na conta do Office 365 da vítima em vários locais, contornando o MFA por meio do uso de um aplicativo legado.

Com agências de notícias internacionais

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