Policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais cumpriram ontem dez mandados de apreensão nos dois estados, para desarticular uma quadrilha de fraudadores que obteve perto de 3 milhões de números de cartões de crédito por meio da instalação de malwares em computadores de estabelecimentos comerciais. Segundo a polícia, os criminosos se apresentavam como técnicos de informática, iam às lojas e contaminavam os sistemas com o malware de monitoramento para roubo de informações. Todas elas eram a seguir enviadas para os computadores da quadrilha, que as utilizava para fazer compras.
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Os policiais acham que utilizando esses números de cartões de crédito os criminosos conseguiram adquirir mercadorias em cerca de duas mil lojas, num valor que totaliza perto de R$ 17 milhões. Dos quatro suspeitos localizados e detidos, um dirigia ontem um Audi de luxo, enquanto outro acabara de comprar uma moto Harley-Davidson zero quilômetro, no valor de aproximadamente R$ 120 mil. Segundo o portal G1, na casa de um dos suspeitos em São Paulo foram apreendidos celulares, tablets, e muitos cartões em branco. Em outra casa, um computador que custa mais de R$ 15 mil e R$ 30 mil em dinheiro.
As investigações que levaram à operação conjunta, batizada de “aPOScalipse”, revelaram que os suspeitos acessavam remotamente os computadores dos estabelecimentos comerciais espalhados pelo país, e depois instalavam o malware de captura de dados. Entre os dados visados estavam o número do cartão, data de vencimento e código de serviço.
A investigação foi feita por policiais da 1ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Propriedade Imaterial de São Paulo (Deic), 2ª Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais e também por funcionários do Ministério da Justiça e Segurança Pública.