
Nos últimos 30 dias, a maioria das empresas brasileiras foi alvo de algum tipo de ataque relacionado a fraudes financeiras. A conclusão é de um estudo da empresa Fortinet, apresentado ontem em São Paulo durante seu principal evento, o Fortinet Cybersecurity Summit. A pesquisa foi feita pelo FortiGuard, laboratório de inteligência de ameaças da companhia, que coleta e analisa informações sobre incidentes em mais de quatro milhões de dispositivos em todo o mundo. O Brasil ficou em primeiro lugar, com 17,64% das detecções de ataques relacionados a fraudes financeiras.
A pesquisa revela que as ameaças são extremamente bem elaboradas, algumas delas contando com campanhas de phishing e engenharia social, além de diversas técnicas para contornar os antivírus. O impacto de um malware destrutivo continua alto, principalmente quando os criminosos o combinam a metodologias de ataque. Para ataques mais direcionados, os criminosos realizam uma análise detalhada da organização, o que melhora suas taxas de sucesso.
Em segundo lugar na lista de ameaças, com 14,31%, estão as detecções relacionadas ao criptominerador CoinHive, colocando o Brasil em terceiro lugar no mundo, acima da média mundial de 8,25%. O malware de criptomineração também apresenta uma diversidade incrível para uma ameaça relativamente nova. Os cibercriminosos estão criando malware sem arquivos, que fica mais escondido, para injetar códigos infectados em navegadores.