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Precariedade e risco desafiam especialistas de TI do governo

Paulo Brito
18/11/2020

O governo federal tem 830 vagas para técnicos de informática em geral, mas somente 460 estão ocupadas e a situação pode piorar: os técnicos que ocupam essas vagas têm baixo interesse pela carreira por falta de estímulos e excesso de responsabilidades, porque são os responsáveis pela gestão de grandes contratos de tecnologia da informação. A natureza, número e complexidade dos contratos somada à carência de pessoal torna a operação de TI do Governo Federal ao mesmo tempo precária e arriscada.

Nesta entrevista ao CISO Advisor, Thiago Aquino, presidente da Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (AnatiI) explica a situação dos servidores e dos sistemas pelos quais eles têm de zelar. Hoje, diz ele, há enorme risco de que grande parte dos técnicos troque o emprego público por outro na iniciativa privada, onde os salários podem ser o dobro ou mais.

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Embora trabalhe para o Poder Executivo, no Minisério da Economia, Aquino considera que a situação não é diferente nos órgãos dos outros poderes. Numa entrevista no início deste mês ao jornal Correio Braziliense, ele declarou: ““Quando não temos pessoal, não temos as melhores ferramentas, soluções e mecanismos de segurança da informação. Falta gente, falta segurança. A grande maioria dos órgãos federais não tem corpo técnico para elaborar normas de segurança da informação que propiciem implantar, monitorar, controlar e gerenciar uma solução de segurança. Dessa forma, o governo federal assume riscos diários em não estruturar uma carreira de Tecnologia da Informação forte, capacitada e comprometida na melhoria contínua de seus serviços oferecidos à sociedade”. Assista a entrevista.

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