A polícia francesa prendeu um ativista do clima com base em pistas que incluíram o IP utilizado por ele na comunicação com o Proton Mail. Fundado em 2013, o ProtonMail é baseado na Suíça e oferece um serviço de e-mail seguro, com caixa postal criptografada e duplo fatos de autenticação e supostamente deveria ser à prova de qualquer violação. Segundo um tweet do handle @tenacioustek, o ProtonMail recebeu um pedido da Europol através das autoridades suíças para fornecer informações sobre a Juventude pelo Clima em Paris; o ProtonMail forneceu à polícia o endereço IP e informações sobre o tipo de dispositivo usado.
O ProtonMail teria fornecido informações sobre a data em que a conta foi criada, os endereços IP associados a ela e os dispositivos a partir dos quais a conta foi conectada.
Hoje, seu fundador e CEO Andy Yen publicou um texto no blog do ProtonMail com o título de “Esclarecimentos importantes sobre prisão de ativista do clima”. O texto diz “estamos profundamente preocupados com este caso e lamentamos que os instrumentos legais para crimes graves estejam sendo usados desta forma. No interesse da transparência, gostaríamos de fornecer um contexto adicional. Neste caso, a Proton recebeu uma ordem legalmente vinculativa das autoridades suíças que somos obrigados a cumprir. Não havia possibilidade de apelar desse pedido específico”.
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A questão gira em torno da ação de alguns membros do movimento verde Juventude pelo Clima, acusados de ter criado ocupações de “acampamentos climáticos” em 2020 e 2021. Embora esses incidentes tenham ocorrido em Paris, a investigação revelou que alguns ativistas estavam usando o ProtonMail para comunicar suas atividades . O governo suíço, portanto, ordenou que o serviço de e-mail fornecesse os endereços IP dos usuários mencionados, o que levou à sua prisão.
A empresa foi questionada por possuir os endereços IP de usuários, quando anuncia que não registra os endereços IP por padrão. Andy Yen, fundador e CEO da ProtonMail, explica que a empresa só começou a registrar os endereços IP de certos usuários depois de ser legalmente forçada a fazê-lo pelas autoridades suíças.
Com agências de notícias internacionais