A polícia espanhola prendeu no domingo, 10, o líder venezuelano do Kelvin Security Hacker Group. Sem ter o nome revelado, o hacker é acusado de participação em organização criminosa, divulgação de segredos de Estado, danos a computadores e lavagem de dinheiro. Identificado como cidadão venezuelano o suspeito é acusado de, no comando do Kelvin Security Hacker Group, realizar 300 ataques cibernéticos de alto perfil nos últimos três anos, visando setores estratégicos em mais de 90 países.
O modus operandi do grupo envolvia explorar vulnerabilidades em organizações estratégicas para obter credenciais de acesso e extrair informações confidenciais. Posteriormente, eles negociavam esses dados confidenciais em fóruns de crimes cibernéticos, hackers e na dark web.
A polícia espanhola acredita que o venezuelano preso seja a figura central responsável por lavar fundos obtidos por meio das atividades ilícitas do grupo, principalmente utilizando exchanges de criptomoedas.
A investigação, iniciada há dois anos, teve origem em sofisticados ciberataques aos sistemas dos municípios espanhóis de Getafe e Camas. Especialistas em investigação cibernética rastrearam esses ataques até os fóruns de crimes cibernéticos operados pelo grupo Kelvin Security na dark web.
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Explorando vulnerabilidades em sites, softwares e serviços de armazenamento de informações, o grupo extraiu sistematicamente dados sensíveis de instituições e entidades de setores estratégicos globalmente. Seu último ataque conhecido ocorreu em novembro, quando exfiltraram um banco de dados contendo informações confidenciais de mais de 85 mil clientes de uma empresa de energia.
A prisão do suposto líder do grupo de hackers ressalta a determinação dos cibercriminosos em esconder seus rastros, mas as autoridades, neste caso, estiveram um passo à frente. Com agências de notícias internacionais.