A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo conta agora, na Polícia Civil, com uma Divisão de Crimes Cibernéticos, cuja sede foi inaugurada ontem pelo governador do estado, João Doria. A DCCIBER foi apresentada como uma estrutura para combate a crimes cometidos por meios eletrônicos e já conta com 66 policiais civis entre delegados, escrivães, investigadores, agentes policiais, papiloscopista, auxiliar de papiloscopista e agentes de telecomunicações. As atividades são apoiadas por 12 viaturas e outros 20 veículos já foram adquiridos e serão entregues no primeiro semestre do ano que vem.
Embora inaugurada ontem, a unidade especializada na verdade iniciou suas atividades no dia 2 de dezembro de 2020. A Divisão ocupa o 16º Andar do Palácio da Polícia Civil, no bairro da Luz, no centro da cidade de São Paulo. Para receber a DCCIBER, o andar passou por uma reforma que custou R$ 2,4 milhões, investimento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Veja isso
Polícia quebra sigilo do IronChat, faz prisões
Empresas e polícia contra o ransomware
Todos os agentes selecionados para atuar na nova Divisão possuem expertise em investigação e combate ao cibercrime, inclusive com formação nos cursos de “especialização em investigação e coleta de informações” e “técnicas de investigação de crimes cometidos por meio eletrônico”.
A criação da nova divisão faz parte do projeto de modernização da Polícia Civil de São Paulo e estende as investigações da polícia paulista todo o território nacional, já que os delitos cometidos por meios eletrônicos utilizam a rede mundial de computadores.
A DCCIBER está subordinada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e conta com quatro delegacias especializadas: 1ª Delegacia de Polícia sobre Fraudes contra Instituições Financeiras praticadas por meios Eletrônicos; 2ª Delegacia de Polícia sobre Fraudes contra Instituições de Comércio Eletrônico praticada por meios Eletrônicos; 3ª Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados; 4ª Delegacia de Polícia de Lavagem e Ocultação de Ativos Ilícitos por Meios Eletrônicos; além de um Centro de Inteligência Cibernética (CIC) e um Laboratório Técnico de Análises Cibernéticas, (Lac-TAC).
Comandada pelo delegado-divisionário, Gaetano Vergine, a unidade especializada já registrou 93 boletins desde o início do seu funcionamento e atualmente possui 620 inquéritos policiais em andamento.