[ 229,037 page views, 81,838 usuários - média últimos 90 dias ] - [ 5.767 assinantes na newsletter, taxa de abertura 27% ]

45% dos funcoinários não sabe reagir a ataque de ransomware

Pandemia fez explodir número de ataques na América Latina

A pandemia do novo coronavírus trouxe como consequência uma grande elevação tanto nos ataques cibernéticos na América Latina quanto dos riscos de contaminação para cidadãos e empresas. Os números mais recentes foram apresentados hoje pelo pesquisador Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de pesquisa e análise da Kaspersky na América Latina. Eles mostram que para usuários domésticos os países mais perigosos da região, pela ordem, são Argentina, Colômbia, Brasil, México, Peru e Chile. Mas quando se trata ataques específicos para aplicações corporativas, Bestuzhev explica que o volume é ainda maior e a ordem dos países fica diferente. Pela taxa de risco, a Argentina continua em primeiro lugar, e em seguida vêm México, Brasil, Chile, Colômbia e Peru.

Veja isso
Iniciativa de Transparência abrirá código-fonte da Kaspersky
Grupo DeathStalker ataca PMEs da Europa até América Latina

Bestuzhev apresentou os dados no evento corporativo Konferencia@Casa,  apresentado por Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky para a América Latina, e que contou ainda com uma saudação do próprio Eugene Kaspersky para o público latino-americano e com uma conferência de Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, sobre a expansão iternacional do cibercrime brasileiro. 

Clique para ampliar: o risco na América latina para dispositivos móveis, domésticos e empresariais

Bestuzhev observou que em termos de volumetria a região está entre as mais perigosas do mundo, com mais de 37 milhões de ataques contra empresas durante os meses de pandemia contados a partir de março. Ele destacou alguns fatos, como o de que na Argentina o risco é maior para empresas, com uma probabilidade de infecção bastante elevada. “No Peru, há duas vezes menos probabilidade de infecção de empresas do que na Argentina. Já no Chile os usuários mais seguros são aqueles que estão em casa”, observou.  Já em relação aos dispositivos móveis, o mais elevado risco de infecção está no Brasil, sendo os outros países, pela ordem, Peru, Colômbia, Chile, Argentina e México. 

O especialista alertou o público para o fato de que vem ocorrendo um crescimento do volume de ataques sobre dispositivos virtuais: “São ambientes muito importantes para as empresas. Nós observamos 27 ataques em cada nó de virtualização na pandemia. Parece pouco, mas é como nas enfermidades: às vezes não parece grave mas ainda será”. Bestuzhev explica que trojans especializados fazem comunicação invisivel ao atacar esses dispositivos, sempre com o objetivo de invadir e manter-se ocultos, já que dominar um nó de rede virtualizado pode dar acesso à empresa toda: “Eles roubam credenciais administrativas, derrubam as proteções de antivírus e depois fazem o que querem. Aumentou muito, por exemplo, o total de ataques a RDP na América Latina. Só em setembro bloqueamos 80 milhões de ataques. Antes da pandemia eram 20 milhões por mês. Em nove meses deste ano bloqueamos 517 milhões de ataques”.