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Países firmam acordo para parar de pagar gangues de ransomware

Da Redação
03/11/2023

Uma aliança formada por 40 países firmou compromisso durante a terceira cúpula anual “Iniciativa Internacional de Combate ao Ransomware” em Washington, D.C., no qual se comprometem a não pagar resgates exigidos por grupos cibercriminosos.

Falando a repórteres na segunda-feira, 30 de outubro, Anne Neuberger, vice-conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca para Tecnologias Cibernéticas e Emergentes, deu a entender que a iniciativa é uma resposta aos riscos que os ataques de ransomware representam para todo o mundo, com os EUA sendo alvo de aproximadamente 46% dos incidentes.

As discussões durante a cúpula se concentraram em estratégias para bloquear os fundos usados por grupos de ransomware para financiar suas operações, informou a Reuters. “O ransomware é um problema que não conhece fronteiras. E enquanto houver dinheiro fluindo para criminosos de ransomware… o problema continuará a crescer”, disse Neuberger.

“Queremos dar um empurrão na causa [contra a expansão] do ransomware, que é o financiamento, e fazer isso juntos. Este foi um grande avanço, e ainda estamos nos estertores finais de conseguir que todos os últimos membros assinem , mas estamos praticamente lá, o que é empolgante”, acrescentou um alto funcionário do governo ao responder perguntas sobre o trabalho do grupo antiransomware, de acordo com o The Messenger.

Embora representantes de 48 países, da União Europeia e da Interpol participem da cúpula, nem todos confirmaram que assinarão a declaração antiransomware desta semana, de acordo com Neuberger.

Os incidentes de ransomware aumentaram em setembro, após um período elevado, mas comparativamente mais tranquilo em agosto, que ainda excedeu os números típicos do período. Dados do NCC Group revelaram que houve 514 ataques de ransomware em setembro, superando o recorde de março de 459 incidentes após uma onda de ataques de roubo de dados do Fortra GoAnywhere pela gangue Clop.

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Geograficamente, a América do Norte foi alvo da maioria desses ataques com 50%, seguida pela Europa com 30% e a Ásia ficou em terceiro lugar com 9%.

Durante os últimos dois anos, vários governos foram severamente afetados depois que ataques de ransomware atingiram infraestruturas críticas e entidades governamentais, incluindo Montenegro, Chile, Bermudas e a Costa Rica sendo forçada a declarar emergência nacional após os ataques do ransomware Conti em maio de 2022.

Entre 2020 e o primeiro trimestre de 2021, os grupos de ransomware faturaram quase US$ 500 milhões em pagamentos de resgate por meio de criptomoedas  — US$ 400 milhões em 2020 e mais de US$ 80 milhões nos três primeiros meses de 2021. 

No mesmo período, o FinCEN (Financial Crimes Enforcement Network), agência do Departamento do Tesouro americano que coleta e analisa informações sobre transações financeiras a fim de combater a lavagem de dinheiro, o financiamento ao terrorismo e outros crimes financeiros, rastreou cerca de US$ 5,2 bilhões de transações com Biticoin para pagamentos relacionados a ransomware.

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