Um artigo sobre alvos em ciberdefesa acaba de ser publicado pelos pesquisadores holandeses Paul Ducheine (coronel) e Jelle van Haaster (tenente), ambos da Academia de Defesa da Holanda. Intitulado “Fighting Power, Targeting and Cyber Operations”, o artigo de 31 páginas argumenta que embora o poder “ciber” seja incontestável, há várias questões relacionadas à operacionalização dos meios e métodos cibernéticos.
Como muitas dessas questões continuam sem resposta, o uso dos recursos cibernéticos em ações militares é frequentemente deixado de lado e ignorado. Uma das razões para o abandono da “opção ciber” é a compreensão limitada dos efeitos e implicações do uso das ciberarmas em pensamento doutrinário e processos operacionais como a escolha de alvos. O objetivo dos autores é ampliar as discussões sobre as operações cibernéticas em geral e sobre a escolha de alvos nesse território em particular, seja com finalidades ofensivas ou defensivas.
Para os militares, o ciberespaço é um ambiente de desafios e oportunidades, onde novos elementos são candidatos à categoria de alvos – ciberobjetos e ciberidentidades. As operações contra esses elementos, sejam construtivas ou disruptivas, proporcionam novas maneiras de alcançar objetivos. Apesar disso, a avaliação dos resultados continua sendo também uma tarefa desafiadora para o planejamento militar. O artigo está na Rede de Pesquisa de Ciências Sociais neste endereço: