A Organização Marítima Internacional (IMO), agência que pertence à ONU, sediada em Londres, é a segunda grande organização de navegação a ser atingida por um ataque cibernético esta semana. O site público da IMO e os serviços da intranet interna não estão disponíveis no momento. A interrupção dos serviços começou em 30 de setembro e foi causada por um “ataque cibernético sofisticado” contra os sistemas de TI da IMO, informou o órgão em um comunicado.
Segundo o documento, os técnicos de TI da IMO desligaram os principais sistemas para evitar mais danos. A IMO está trabalhando com especialistas em segurança e TI da ON para identificar a origem do ataque e restaurar os sistemas de rede.
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Este é o segundo grande incidente cibernético do setor marítimo nesta semana e o quinto em 2020. A empresa de transporte de contêineres CMA CGM anunciou em 28 de setembro que estava lidando com um ataque de malware que afetou seus servidores. A empresa suspeita que o ataque pode ter causado uma violação de dados, segundo seu comunicado de acompanhamento em 30 de setembro.
Em 31 de janeiro e novamente em 12 de maio, a empresa de transporte e logística Toll Group foi atacada. Ela teve de desligar vários sistemas em várias unidades de negócios, o que resultou em atrasos e interrupções nos negócios. Posteriormente, os hackers publicaram dados roubados do Toll Group na dark web.
A Mediterranean Shipping Co. também sofreu um ataque de malware em sua sede em Genebra, em 10 de abril. Uma investigação sobre o incidente descobriu que nenhum dado foi roubado e o ataque afetou apenas um número limitado de sistemas.
Especialistas em segurança cibernética sugeriram que as principais causas por trás desse surto de ataques foram distrações de usuários e maior dependência de serviços digitais devido ao covid-19, bem como equipe não treinada tendo que realizar diagnósticos, atualizações de software e patches.
Ido Ben-Moshe, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da empresa de segurança cibernética marítima Naval Dome, disse que o trabalho remoto e um aumento nas tecnologias autônomas controladas remotamente provavelmente serão aceleradas durante e após o COVID-19. “Isso fará com que as empresas enfrentem novos desafios de segurança cibernética se não implementarem medidas de proteção adequadas”, concluiu.
Com agências internacionais