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Orçamentos de cyber perdem o passo diante do volume de ameaças

Em 82% das empresas, os orçamentos destinados à cibersegurança não acompanham o aumento do volume de ameaças
Da Redação
15/07/2020

Em 82% das empresas, os orçamentos destinados à cibersegurança não acompanham o aumento do volume de ameaças: ou os valores estão subindo muito devagar, ou mantendo-se no mesmo nível ou caindo. O alerta está nas respostas de 445 profissionais de cibersegurança que participaram da pesquisa ‘The Security Profession 2019/2020’, publicada ontem pelo CIISec (Chartered Institute of Information Security). Outro ponto de destaque nas respostas dos profissionais é o excesso de trabalho: 54% dos entrevistados disseram que já abandonaram um emprego devido a excesso de trabalho ou esgotamento, ou que trabalharam com alguém que abandonou.

 De todos os entrevistados, apenas 10% eram mulheres. Embora isso tenha dobrado desde 2015, ainda sugere que há um longo caminho a percorrer. As mulheres declararam um salário significativamente menor, em média, ou estavam em cargos com salários mais baixos:
–  37% das mulheres ganham menos de £ 50.000 por ano, em comparação com 21% dos homens
–  15% das mulheres ganham mais de £ 75.000 por ano, em comparação com 39% dos homens
–  Apenas cinco por cento das mulheres ganham mais de 100.000 libras, contra 18% dos homens
–  Nenhuma mulher ganhou mais de 125.000 libras, mas 12% dos homens sim

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O total das respostas indica que os principais motivos para deixar um emprego de segurança foram a falta de oportunidade ou de progressão; gestão desagradável ou ruim; e baixa remuneração.

Nesse cenário de aumento de pressão e risco, os três principais motivos declarados para buscar um novo emprego de segurança foram:
•  remuneração
•  a oportunidade e possibilidades de progressão
•  a variedade de trabalho

O CIISec aponta no relatório que a pressão no trabalho pode ser devida à falta de recursos humanos na área de cyber. Somada aos feriados ou períodos em que as equipes de segurança são menores, crescem muito o estresse e os riscos para a organização: 64% dos entrevistados disseram que as empresas esperam ter menos pessoas, e 51% afirmaram que deixariam de lado as tarefas rotineiras ou não críticas em cenários de equipe reduzida.

“Infelizmente, é provável que as equipes de segurança sofram mais pressão em 2020, pois o surto de COVID-19 e suas consequências têm efeitos profundos nos orçamentos e na capacidade de operação das empresas”, comentou Amanda Finch, CEO da CIISec. “A menos que as empresas consigam fazer mais com menos e, ao mesmo tempo, abordar questões de diversidade e desgaste, os riscos aumentarão e as organizações sofrerão. Para evitar isso, precisamos das pessoas certas com as habilidades certas, dando-lhes a ajuda de que precisam para atingir seu pleno potencial. Isso não se aplica apenas às habilidades técnicas, mas às habilidades das pessoas que serão essenciais para proporcionar às organizações uma cultura focada na segurança que possa lidar com a crescente pressão à frente”.

O relatório também descobriu uma série de insights, entre os quais:
– 67% dos entrevistados disseram que o maior desafio para a segurança em uma organização eram pessoas, em comparação com processos com 14% e tecnologia com 11%. 
–  Questionadas sobre quais seriam as tecnologias de segurança mais significativas para 2020, a maioria dos entrevistados acredita que a IA terá maior impacto – 31% destacaram tecnologias como AI e Machine Learning. 
–  Ao apontarem a pior violação de dados, a campeão foi a da British Airways, que também obteve uma classificação alta em 2018 – mostrando que violações graves de dados podem ter um impacto duradouro nos negócios e na reputação de uma organização. 

Com agências internacionais

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