Os protocolos STIR e SHAKEN foram batizados com seus respectivos acrônimos: STIR vem de “Secure Telephony Identity Revisited” e SHAKEN de “Signature-based Handling of Asserted information using toKENs”. Acabaram pegando carona no estilo do Martini de James Bond, que exigia ‘mexido, não chacoalhado’ (stirred, not shaken), conforme o original de Ian Fleming.
Guilherme Amaral, engenheiro de produto do instituto de tecnologia SiDi, de Campinas, explica que a combinação dos protocolos STIR e SHAKEN tem o objetivo de resolver o problema do gigantesco aumento dos casos de falsificação do ID originador de chamada, que está ocorrendo nos Estados Unidos e no Canadá – os primeiros países que vão adotar esse sistema.

“O STIR é um conjunto de definições do protocolo que modifica os cabeçalhos das chamadas VOIP, permitindo às duas pontas (provedor e destinatário) conhecerem a origem real dos dados de chamada”, afirma o especialista do SiDi. “No caso do SHAKEN, como não há um cabeçalho com essa estrutura nas redes tradicionais de telefonia (SS7), esse sistema foi criado para passar cabeçalhos SIP (Session Initiation Protocol) dentro de redes não-VOIP. Desse modo, provedor e destinatário podem conhecer a origem real da chamada”, acrescenta Amaral.
No sistema resultante da combinação dos dois protocolos, explica Amaral, “o provedor compara o ID do originador com uma lista de IDs conhecidos. Depois, adiciona um certificado encriptado no cabeçalho SIP da mensagem, que é transmitido para o destinatário. Utilizando uma chave pública, o destinatário consegue validar essa mensagem”, conclui o especialista.
Criado em 2004 e sediado em Campinas, o SiDi tornou-se protagonista na área de soluções móveis no Brasil. Tem mais de 250 colaboradores e o compromisso de ajudar seus clientes a colocar no mercado soluções globais que adicionem valor e recursos inovadores a seus produtos.