Uma operação internacional denominada “PowerOFF” desmantelou a plataforma Dstat.cc, usada por cibercriminosos para coordenar ataques DDoS. O site não oferecia ataques diretamente, mas funcionava como um espaço para invasores compartilharem experiências e recomendarem “stressores” — serviços que simulam alto tráfego para testes de resistência, mas que são frequentemente utilizados de forma mal-intencionada. Dois homens, de 19 e 28 anos, foram detidos na Alemanha sob suspeita de administrar a plataforma.
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A investigação, liderada pelo Gabinete Central de Combate ao Cibercrime do Ministério Público de Frankfurt, contou com o apoio de diversas autoridades alemãs e internacionais. O canal Telegram da Dstat.cc, que tinha 6,6 mil membros, foi bloqueado, e todas as mensagens foram deletadas. No canal, cibercriminosos discutiam ataques recentes e ofereciam seus serviços, ampliando o alcance de ataques a sistemas e redes ao redor do mundo.
O Departamento Criminal Federal Alemão destacou que plataformas como a Dstat.cc são utilizadas ativamente por grupos hacktivistas, como Killnet e Passion, para atacar infraestruturas críticas nos Estados Unidos e Europa. Entre os alvos mais frequentes estão hospitais e serviços de saúde, que enfrentam grandes prejuízos e interrupções em seus sistemas. As ferramentas de “stressores”, embora inicialmente projetadas para testes legais, são adaptadas por invasores para desestabilizar servidores e redes de forma ilícita.
Além das detenções, buscas e apreensões ocorreram em sete locais na Alemanha, França, Grécia, Islândia e Estados Unidos. Os suspeitos podem enfrentar até dez anos de prisão segundo o código penal alemão. A operação PowerOFF já havia desativado anteriormente plataformas de “stressers” no Reino Unido e Polônia, em resposta ao aumento de ataques DDoS realizados com objetivos políticos e de chantagem nos últimos anos.
As autoridades alertam que muitos envolvidos nesses ataques não compreendem a gravidade das ações, acreditando erroneamente que participam de testes inofensivos. Em paralelo, a polícia dos Países Baixos recentemente emitiu alertas aos usuários de serviços de ataque encerrados, lembrando-os das consequências legais dessa prática, que continua a ser uma ameaça significativa à segurança cibernética global.
