Em uma reunião recente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) discutiu o aumento dos ataques de ransomware contra hospitais e seus impactos na saúde pública global. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou que essas invasões cibernéticas ameaçam a segurança dos pacientes, comprometem a infraestrutura de saúde e desestabilizam sistemas de atendimento.
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Durante o encontro, o diretor da Ascension Healthcare, uma rede americana de hospitais, compartilhou a experiência de um ataque sofrido pela instituição no início do ano, que afetou 120 hospitais. O incidente interrompeu o acesso aos registros eletrônicos dos pacientes, forçando os profissionais a recorrerem a backups em papel. Sem comunicação digital, os exames precisaram ser entregues manualmente nas salas de cirurgia, o que aumentou o tempo de atendimento e sobrecarregou as equipes de saúde.
O diretor afirmou que a recuperação completa levou 37 dias e gerou um custo de US$ 130 milhões, além de uma perda de US$ 900 milhões em receita operacional. O ataque foi um grande desafio para a equipe, que já lidava com uma alta demanda por atendimento.
Embora a reunião da ONU não tenha gerado medidas concretas, os participantes reforçaram a necessidade de uma cooperação internacional mais forte para enfrentar esses riscos e proteger o setor de saúde contra ameaças cibernéticas.